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- Temores de uma guerra direta entre Israel e Irã diminuem, e prêmios de risco caem no mercado global;
- Ouro avança em direção a novas máximas históricas;
- Na China, mercado não se convence após reunião do Ministério de Habitação;
- Preços do minério caem e podem impactar diretamente o mercado brasileiro;
- Na Europa, BCE deve anunciar corte de juros nesta quinta;
- Por aqui, governo federal propõe novo tratamento para estatais.
Mercados
Os prêmios de risco caíram no mercado global. Os temores que o ataque retaliatório de Israel ao Irã venha a deflagrar uma guerra direta dimnuiram, embora ainda existam incertezas sobre os rumos do conflito no Oriente Médio.
A resposta de Israel ao Irã ainda está pendente, mas não se sabe quando ocorrerá. Parece provável que o ataque não vise as infraestruturas nuclear ou de petróleo, o que diminui o risco de uma escalada do conflito.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão mais altos nesta quinta-feira (17). O rendimento de 10 anos sobe para 4,04% e o de 2 anos está em 3,95%.
O ouro avança em direção a máximas históricas, com ganhos impulsionados pela queda dos juros nos EUA e pelas esperadas reduções de taxas pelos principais bancos centrais, além do suporte adicional de porto-seguro em meio aos conflitos geopolíticos em curso. O ouro à vista subiu cerca de 0,6%, para US$ 2.676 por onça.
Os preços do petróleo sobem, revertendo as perdas acentuadas das duas sessões anteriores, após dados da indústria mostrarem uma queda inesperada nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada. Os futuros do Brent subiram 45 centavos, ou 0,6%, para US$ 74,7 por barril.
A maioria dos mercados asiáticos caiu nesta quinta, após a reunião do Ministério da Habitação da China não impressionar os investidores — o que derrubou as ações do setor imobiliário do país. O índice imobiliário CSI 300, que havia subido mais de 5% ontem (16), caiu quase 8%. Nesse contexto, o minério de ferro registra queda forte de -5,99% em Dalian na China, cotado a US$ 104,69/ton, enquanto o mercado à vista está em queda de -2,32%, cotado a US$ 103,30/ton. Isso deve derrubar as ações da Vale na abertura de hoje.
Os mercados europeus estavam em alta na manhã desta quinta, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O índice STOXX 600 sobe 0,7%, enquanto os futuros de ações dos EUA estavam ligeiramente mais altos.
Nos EUA, os resultados trimestrais sancionam um cenário benigno — com crescimento resiliente, pressões inflacionárias em declínio e uma normalização da economia, permitindo ótimos resultados das empresas.
Ontem, por aqui o Ibovespa fechou em alta de 0,54%, aos 131.750, pontos e o dólar à vista avançou 0,14%, cotado a R$ 5,6651. Os juros futuros terminaram o dia em leve alta.
Economia
Brasil: IGP-10 subiu 1,34% em outubro e acumula alta de 5,10% em 12 meses.
Brasil: IPC-FIPE, que mede a inflação ao consumidor em São Paulo, subiu 0,52% na segunda quadrissemana de outubro
Brasil: Governo propõe novo tratamento das estatais federais.
Dois projetos de lei com ajustes na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e 2025, para incluir o contrato de gestão, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Pela proposta, as estatais passariam a integrar o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais e ganhariam maior autonomia. Deste modo, estas estatais deixariam de fazer parte do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, o que libera espaço dentro do limite de gastos do governo federal. Pela nova regra, apenas o volume de despesas financiado pelas receitas próprias das empresas não estaria no Orçamento Federal.
Obviamente, a medida soa como uma manipulação contábil para abrir espaço para mais gastos, o que eleva ainda mais o risco fiscal.
Zona do euro: BCE deve cortar as taxas de juros na reunião de hoje. Espera-se que a taxa de depósito do BCE seja reduzida para 3,25%. A inflação está abaixo de 2% pela primeira vez desde 2021 e a perspectiva mais fraca para a economia da zona do euro justifica a aceleração no ritmo de flexibilização da política monetária.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.