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Mercados
Os futuros de ações nos EUA estão em queda moderada nesta quarta-feira (16), com o tombo da Nvidia após Trump proibir a empresa de vender seu chip H20 à China, na escalada da batalha de Washington contra Pequim.
O S&P 500 recua 0,80% e o Nasdaq cai 1,40%. As ações da Nvidia desabam mais de 5% depois que a empresa anunciou que o novo encargo custará US$ 5,5 bilhões. A AMD cai 6%, enquanto a Micron Technology perde 3,50%. Meta Platforms e Alphabet, controladora do Google, caem mais de 1%, enquanto Microsoft recua 0,60% e Tesla cede quase 2%.
As taxas de juros dos Treasuries estão estáveis, com o papel de 10 anos em 4,34%, enquanto o de 2 anos se encontra em 3,83%. Os juros estão recuando pelo terceiro dia consecutivo, aliviando a pressão após uma semana de volatilidade depois que o papel de 10 anos chegou a subir mais de 50 pontos base em meio à escalada da guerra comercial entre EUA e China.
A forte venda de Treasuries levanta dúvidas sobre quem estaria se desfazendo dos papéis norte-americanos. As especulações recaem sobre a China, e outros possíveis vendedores incluem seguradoras japonesas e fundos hedge.
O índice do dólar (DXY) recua 0,60%, para 99,60 pontos. Mudanças rápidas nos anúncios tarifários abalam a confiança nas autoridades norte-americanas, levando investidores a buscar ativos fora dos EUA.
O ouro atinge uma nova máxima histórica nesta quarta, com o ouro à vista em alta de 1,30%, cotado a US$ 3.270,12 por onça. No mercado de criptomoedas, a Bitcoin recua 0,4% para US$ 83.662.
Os preços do petróleo sobem, com o Brent avançando 5 centavos, ou 0,10%, para US$ 64,72 por barril.
Os mercados asiáticos encerram a sessão desta quarta majoritariamente em queda. Na Europa, os mercados operam no vermelho na abertura, com o índice pan-europeu STOXX 600 recuando 0,70%.
A maioria dos mercados norte-americanos ficará fechada nesta semana devido ao feriado da Sexta-feira Santa, embora o mercado de câmbio permaneça aberto.
Ontem (15), o Ibovespa fechou em baixa de 0,16%, aos 129.245 pontos. O dólar à vista subiu 0,66%, cotado a R$ 5,8900, empurrando os juros para cima.
Economia
China: A economia cresceu 5,4% em termos anuais no 1° trimestre, acima do esperado e mantendo um ritmo forte. O PIB do primeiro trimestre superou a mediana das expectativas, que previa alta de 5,1% na comparação anual, dando continuidade à recuperação iniciada no final de 2024 impulsionada por um amplo pacote de estímulos.
As vendas no varejo em março cresceram 5,9% em relação ao ano anterior, bem acima da estimativa de 4,2%. O programa de subsídios do governo para a modernização de eletrodomésticos continuou a impulsionar as vendas no varejo. As vendas de eletrodomésticos aumentaram 35,1% ano a ano em março, acima do aumento de 10,9% nos primeiros dois meses. Os gastos com alimentação também se aceleraram para 5,6% ano a ano.
A produção industrial aumentou 7,7% no mesmo período, frente à projeção mediana de 5,8%. O investimento em ativos fixos subiu 4,2% no trimestre, levemente acima da expectativa de 4,1%. O setor imobiliário continuou a pesar negativamente, com queda de 9,9% no ano até março, enquanto os investimentos em infraestrutura e manufatura ganharam força. A taxa de desemprego urbano recuou para 5,2% em março após atingir 5,4% em fevereiro, o maior nível em dois anos.
Apesar das medidas de estímulo em curso, o crescimento do PIB deverá desacelerar significativamente no 2° trimestre e permanecerá fraco no 2° semestre, devido aos choques externos provocados pelo aumento das tarifas dos EUA. Revisamos a expectativa de crescimento de 4,7% para 4,0% em 2025.
Brasil: O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 estabeleceu a meta de superávit primário em R$ 34,3 bilhões (0,25% do PIB), com previsão de receita líquida crescendo 5,5% e despesas totais crescendo 4,9% em termos reais. As metas fiscais para 2027 (0,5% do PIB) e 2028 (1,0% do PIB) foram mantidas e o PLDO trouxe uma meta indicativa de 1,25% para 2029.
Apesar da continuidade do ajuste fiscal, o cumprimento da meta de 2026 exigirá cerca de R$ 110 bilhões em receitas adicionais. A expectativa é que novas medidas sejam anunciadas no orçamento de 2025.
A partir de 2027, os precatórios passarão a contar para o teto de gastos, o que reduzirá os investimentos públicos e exigirá a revisão do arcabouço após as eleições de 2026 quando as despesas com precatórios devem atingir R$ 115,7 bilhões, elevando o déficit primário para 0,9% do PIB. Mantemos a expectativa que o governo terá dificuldade de cumprir a meta em 2025 e 2026, registrando déficit de 0,9% do PIB nos dois anos devido ao menor crescimento da arrecadação e à continuidade do aumento das despesas.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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