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Mercados
Investidores e empresas continuam tentando entender o rumo das políticas tarifárias de Trump. Sinais contraditórios da Casa Branca e a condução caótica do processo aumentam a incerteza, afetando consumidores, empresas e mercados.
As taxas dos Treasuries recuam fortemente nesta terça-feira (15). A taxa de juros do Treasury de 10 anos cai para 4,40%, enquanto o papel de 2 anos recua para 3,87%.
Antes vistos como porto seguro, os Treasuries agora enfrentam especulações de que investidores estrangeiros, como Japão e China, possam começar a se desfazer de suas posições.
A moeda americana se mantém estável nesta manhã, com o DXY em 99,50 pontos. O ouro avança nesta terça em meio à persistente incerteza. O metal à vista sobe 0,40% para US$ 3.221,70 por onça. No universo das criptomoedas, o Bitcoin ganha 1,90% e atinge US$ 85.066,00.
Os preços do petróleo sobem no início do pregão de hoje, com os contratos futuros do Brent avançando US$ 0,27, ou 0,42%, para US$ 65,15 por barril.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta hoje. O Nikkei 225, referência em Tóquio, subiu 0,84%. Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou o dia com alta de 0,23%, enquanto o CSI 300 da China continental fechou estável.
As bolsas europeias operam em alta nesta terça, com o índice STOXX 600 avançando 1,10%. Os futuros das bolsas americanas permanecem estáveis.
O Ibovespa fechou em alta ontem (14), com avanço de 1,39% aos 129.453,91 pontos. O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 0,33%, a R$ 5,85.
Economia
Zona do euro: A confiança dos investidores na economia alemã foi fortemente abalada pelas tarifas implementadas pelo governo americano. Em abril, o índice de expectativas do instituto ZEW despencou para -14 pontos, bem abaixo dos 51,6 pontos registrados no mês anterior e das previsões de mercado. As tarifas impostas geraram incertezas que levaram institutos alemães a revisarem para baixo suas projeções de crescimento para 2025, estimadas em 0,1%, com risco do 3° ano consecutivo de contração econômica.
O otimismo inicial com os planos do governo alemão de ampliar os gastos públicos perdeu força após a adoção de tarifas sobre automóveis e sobre a União Europeia como um todo. Empresas como Audi e Mercedes-Benz passaram a considerar ajustes em suas exportações para os EUA. Apesar das tarifas estarem temporariamente suspensas para negociação, o clima de incerteza persiste e analistas alertam que a situação econômica pode se deteriorar ainda mais.
EUA: O diretor do Fed, Christopher Waller, classificou a nova política tarifária como um dos maiores choques econômicos em décadas e apresentou dois cenários possíveis para seus efeitos. No cenário de “grandes tarifas”, com taxas médias de 25%, ele prevê uma forte desaceleração do crescimento, alta no desemprego e inflação podendo chegar a 5% antes de se moderar em 2026. Apesar disso, Waller acredita que os impactos inflacionários seriam temporários e sugeriu que o Fed poderia cortar juros mesmo com a inflação elevada caso o risco de recessão se intensifique.
No cenário de “tarifas menores”, com uma taxa mínima de 10% sobre todos os bens, o impacto seria mais brando: a inflação poderia atingir um pico de 3%, e a resposta do Fed seria mais contida, com cortes de juros possíveis apenas na segunda metade de 2025. A perspectiva de Waller contrasta com a de outros membros do Fed, que veem nas tarifas um risco mais duradouro para a inflação. Ainda assim, ele reforça a importância de manter as expectativas de inflação ancoradas como fator-chave para a estabilidade futura.
Brasil: O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou queda de 0,22% em abril, após alta de 0,04% em março. Com esse resultado, o índice acumula avanço de 1,22% no ano e de 8,71% em 12 meses. Em abril de 2024, o IGP-10 havia recuado 0,33% no mês e acumulava queda de 3,81% em 12 meses.
No âmbito do IPA, a queda do índice foi influenciada principalmente por commodities como café, proteínas e minerais metálicos. No IPC, contribuíram para a desaceleração dos preços itens como passagens aéreas, arroz e tarifa de energia elétrica. No segmento da construção civil, os preços seguiram em alta, pressionados pelo aumento do custo da mão de obra.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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