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Mercados
O foco dos mercados globais nesta quarta-feira (15) estará no índice de inflação ao consumidor dos EUA, que será divulgado às 10h30 (horário de Brasília). Espera-se que o CPI tenha subido 0,3% na margem em dezembro e registrado alta de 2,9% nos últimos 12 meses.
Às vésperas da posse de Trump, que ocorre na próxima segunda-feira (20), os investidores têm reagido de forma sensível às manchetes sobre seus planos de política econômica — que, segundo analistas, devem aumentar a inflação na maior economia do mundo. A ameaça de tarifas e as expectativas de cortes menores nas taxas de juros pelo Fed elevaram as taxas dos Treasuries e fortaleceu o dólar.
A taxa do título de 10 anos do Tesouro está ligeiramente mais baixa na manhã desta quarta, antes da divulgação dos principais dados de inflação ao consumidor. A taxa de 10 anos está em 4,77%, enquanto a do título de 2 anos caiu para 4,35%.
O forte rali do dólar sofreu uma desaceleração hoje, à medida que os operadores mostraram cautela antes do CPI dos EUA. Frente a uma cesta de moedas, o dólar estava ligeiramente mais alto, em 109,2 pontos.
Os preços do petróleo mantiveram-se praticamente estáveis nesta quarta, após a queda do dia anterior, sustentados por uma redução nos estoques de petróleo dos EUA e expectativas de interrupções no fornecimento por conta das sanções contra petroleiros russos, apesar das previsões de menor demanda global por combustíveis. Os contratos futuros do Brent subiram 2 centavos, para US$ 79,94 o barril.
O Bitcoin avançou, acompanhando outros ativos de risco, após a leitura mais branda da inflação. Nesta quarta, o preço da principal criptomoeda subiu 3%, para US$ 96.452,34.
Os mercados asiáticos encerraram o dia com pequenas variações, enquanto os mercados europeus abriram em alta, acompanhando os futuros das ações americanas. A temporada de resultados do quarto trimestre de 2024 também começa de forma intensa nesta semana, com grandes bancos programadas para divulgar seus balanços. BlackRock, JPMorgan Chase, Wells Fargo, Goldman Sachs e Citigroup anunciarão seus resultados antes da abertura do pregão de hoje.
O Ibovespa fechou em alta de 0,25% ontem (14), aos 119.299 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,85%, a R$ 6,0464, e os juros futuros também cederam.
Economia
EUA: O PPI desacelerou para 0,2% na margem em dezembro, abaixo das expectativas de 0,4%. O núcleo do índice ficou estável, contrastando com a alta de 0,2% no mês anterior. Em 12 meses, o PPI geral subiu 3,3%, e o núcleo avançou 3,5%. O relatório destacou queda de 0,1% nos preços dos alimentos, com forte redução nos custos de vegetais, enquanto os preços da energia subiram 3,5%. Os preços gerais de bens avançaram 0,6%, enquanto os preços de serviços se mantiveram estáveis, refletindo margens mais baixas.
Componentes importantes do núcleo do índice das despesas de consumo pessoal (PCE), que será divulgado no dia 31 de janeiro, mostraram variações mistas. Taxas de gestão de portfólio subiram 0,2%, tarifas aéreas avançaram 6,81% e taxas hospitalares recuaram 0,01%. Considerando esses componentes, a projeção para o núcleo do PCE de dezembro é alta de 0,2% na margem e 2,9% em termos anuais.
Zona do euro: A produção industrial registrou alta de 0,2% em novembro na comparação com outubro. O resultado ficou em linha com as expectativas de analistas. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção industrial do bloco recuou 1,9% em novembro, ligeiramente acima da estimativa de queda de 2,0%. Além disso, os dados de outubro foram revisados, ajustando o resultado mensal de 0,0% para alta de 0,2% e o anual de queda de 1,2% para contração de 1,1%.
Brasil: No 3º Prognóstico da Safra de 2025, o IBGE revisou para cima sua projeção, de 314,8 milhões para 322,6 milhões de toneladas, indicando um crescimento de 2,5% — o equivalente a 7,8 milhões de toneladas. Caso as estimativas se confirmem, a produção terá um aumento de 10,2% em relação a 2024, estabelecendo um novo recorde, impulsionado principalmente pela expectativa de alta de 15,4% na produção de soja.
Por outro lado, a Conab manteve inalterada sua projeção para a safra de grãos pelo terceiro mês consecutivo, com 322,3 milhões de toneladas, adotando o ano-safra como base para suas estimativas. A previsão representa um aumento de 8,2% (ou 24,5 milhões de toneladas) em relação à safra 2023/24. Apesar da diferença metodológica entre IBGE e Conab, os volumes projetados convergiram, com números praticamente idênticos — reforçando a expectativa de uma safra robusta em 2025.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.