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- Colapso do governo da Síria segue no centro das atenções;
- Mercado global opera em compasso de espera pelos dados da inflação americana;
- Promessas de estímulo maiores na China impulsionou os mercados asiáticos;
- Anúncios em Pequim também ajudaram o IBOV, que subiu impulsionado pelo setor de commodities.
Mercados
Tensões geopolíticas seguem em foco no Oriente Médio após o colapso do governo da Síria. Embora a Síria em si não seja uma grande produtora de petróleo, sua localização estratégica e seus laços com Rússia e Irã tornam uma mudança de regime um potencial fator de instabilidade regional.
Os mercados aguardam os dados de inflação dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta quarta-feira (11), como última peça do quebra-cabeça para a reunião do Fed em 17 e 18 de dezembro. Economistas projetam que a inflação ao consumidor tenha subido 0,30% em novembro e 2,70% nos últimos 12 meses.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA com prazo de 10 anos subiram levemente, alcançando 4,21%. Os títulos de 2 anos estão em 4,13%.
O índice do dólar americano, que mede a moeda em relação ao euro, libra esterlina, iene e outras três moedas principais, está estável em 106,3.
Os preços do ouro estenderam os ganhos nesta terça-feira (10), impulsionados pela promessa da China, maior consumidora global, de intensificar estímulos econômicos para fomentar o crescimento. O ouro à vista subiu 0,40%, cotado a US$ 2.669,84 por onça.
Os preços do petróleo caíram levemente hoje, mantendo a maior parte dos ganhos da sessão anterior. O aumento do risco geopolítico, após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad, e o compromisso da China de intensificar os estímulos políticos sustentaram os preços. Os futuros do petróleo Brent caíram 13 centavos, ou cerca de 0,20%, para US$ 72,01 por barril.
Os mercados asiáticos fecharam em alta após o anúncio de Pequim de medidas fiscais “mais proativas” e de uma política monetária “moderadamente” mais flexível no próximo ano, como parte dos esforços para impulsionar o consumo doméstico.
Os mercados europeus abriram em território negativo nesta terça, enquanto os futuros de ações nos EUA estão próximos à estabilidade.
Ontem (09), por aqui o Ibovespa fechou em alta de 1,00%, aos 127.210 pontos, com as ações ligadas a commodities em alta diante dos estímulos na China. O dólar à vista renovou recorde de fechamento, com alta de 0,20%, a R$ 6,0829, enquanto os juros futuros avançaram em meio aos sinais de que o governo terá dificuldades para a aprovação da pauta fiscal no Congresso.
Economia
China: As exportações cresceram 6,7% em novembro na comparação anual, desacelerando frente aos 12,7% de outubro e abaixo da expectativa de 8,7%. Apesar disso, o desempenho permaneceu sólido quando comparado ao avanço médio de 7,4% em setembro e outubro, considerando os fatores climáticos que impulsionaram os embarques no mês anterior.
Na comparação mensal, as exportações mantiveram-se acima dos níveis do último ano. Além disso, a antecipação de pedidos por importadores dos EUA, em resposta a potenciais aumentos tarifários sobre produtos chineses, pode sustentar o ritmo nos próximos meses — como ocorreu durante a primeira onda de tarifas no governo Trump.
As importações, por outro lado, recuaram 3,9% em novembro, intensificando a queda de 2,3% registrada em outubro e contrariando a previsão de alta de 0,9%. O desempenho foi impactado por commodities metálicas, com quedas significativas nas importações de aço (-22%) e reversão de ganhos em cobre e minério de ferro. Importações de energia apresentaram resultados mistos, com alta no petróleo (+14%) e recuo no gás natural.
Com isso, as importações chinesas permanecem abaixo dos níveis dos últimos dois anos, refletindo a demanda interna fraca e pressionando o governo por políticas mais estimulativas. O superávit comercial subiu para US$ 97,4 bilhões em novembro, superando a média do terceiro trimestre de 2024.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.