Informe Diário
16/09/2024 • 4 mins de leitura
Antes da superquarta, ativos de risco seguem em compasso de espera
Resumo do artigo A reunião do Fed nos dias 17…
Resumo do artigo
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Os mercados de risco recuaram na sexta-feira (07). Os ativos foram pressionados por preocupações com tarifas e inflação após o presidente dos EUA, Donald Trump, declarar que pretende impor tarifas recíprocas sobre parceiros comerciais. A medida pode levar a um aumento generalizado das tarifas, equiparando as taxas cobradas sobre produtos americanos no exterior.
Trump afirmou que anunciará tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, incluindo as provenientes do Canadá e do México.
Caso confirmadas, as tarifas terão impacto no Brasil, pois 48% das exportações brasileiras de aço têm os EUA como destino. No caso do alumínio, o percentual é de 16,00%. No total, aproximadamente US$ 6,50 bilhões em vendas seriam afetados pelas novas taxações.
De acordo com a pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a fevereiro, os consumidores dos EUA demonstraram maior preocupação com a inflação de curto prazo. A pesquisa revelou que os entrevistados projetam uma inflação de 4,30% para os próximos 12 meses —aumento de 1 ponto percentual ante janeiro e o nível mais alto desde novembro de 2023.
O relatório de emprego de janeiro mostrou que os ganhos médios por hora superaram as expectativas, com avanço de 0,50% no mês passado alta acumulada de 4,10% em 12 meses. As previsões apontavam aumentos de 0,30% e 3,70%, respectivamente.
O mercado de trabalho adicionou 143 mil vagas líquidas no mês passado, abaixo das 169 mil projetadas pelos economistas. No entanto, a taxa de desemprego recuou de 4,10% para 4,00% após revisão para cima dos dados dos dois meses anteriores.
Os juros das Treasuries registraram leve alta. O retorno do título de 10 anos subiu para 4,49% e o do papel de 2 anos avançou para 4,28% após um incremento de 8 p.b. na sexta-feira.
O índice do dólar (DXY) — que mede a moeda americana em relação ao iene, à libra esterlina e a outras divisas — avançava 0,35%, para 108,3. Os preços do ouro operam em alta de 1,6% nesta segunda-feira (10), permanecendo próximos ao recorde registrado na sessão anterior, com o ouro à vista negociado a US$ 2.869 por onça.
Os preços do petróleo também avançam, mesmo com investidores avaliando os riscos econômicos associados às tarifas sobre aço e alumínio. O contrato futuro do Brent sobe 0,9%, para US$ 75,6 o barril.
Os mercados asiáticos tiveram desempenho misto nesta segunda, com as crescentes tensões comerciais mantendo os investidores cautelosos. As bolsas europeias abriram em alta, enquanto os futuros de ações em Wall Street operam em alta moderada.
No Brasil, a sexta-feira trouxe de volta o ruído político como ameaça para os preços dos ativos. A declaração do ministro Wellington Dias de que o governo iria reajustar o Bolsa Família para compensar a alta dos alimentos mostra que ideias heterodoxas e sem sentido continuam no cardápio do governo.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,27%, aos 124.619 pontos, o dólar à vista fechou em alta de 0,52%, cotado a R$ 5,7936, e os juros futuros subiram.
China: a inflação ao consumidor atingiu o maior nível em cinco meses em janeiro. o índice de preços ao consumidor avançou 0,70% em relação ao mês anterior e 0,50% na comparação anual — acima da previsão de 0,40%.
China: o índice de preços ao produtor, que reflete os preços no atacado, recuou 2,30% na base anual — uma queda maior do que os 2,10% projetados pelos analistas.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.