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- Após vitória em estados decisivos, Trump está virtualmente eleito nos EUA;
- Mercados já precificam a vitória do Republicano e o controle do partido no Congresso;
- Primeira reação do mercado tende a ser mais intensa, mas preços devem acompanhar fundamentos da economia e das empresas;
- Na zona do euro, o PMI do setor de Serviços apresentou leve alta em outubro;
- Nos EUA, o ISM de serviços mostra que o setor começou o 4T24 em forte expansão;
- Por aqui, o mercado segue aguardando medidas para conter o crescimento da dívida.
Mercados
Donald Trump é o virtual vencedor das eleições presidenciais, após ganhar nos estados decisivos, embora a contagem oficial de votos ainda esteja em andamento. Os mercados financeiros já incorporam a vitória republicana e o provável controle do Congresso.
As propostas de Trump de aumentar tarifas sobre os principais parceiros comerciais dos EUA poderiam, em teoria, resultar em um dólar mais forte. No entanto, as medidas também podem resultar em mais inflação, um déficit maior e em menor crescimento. Apesar disso, é preciso aguardar o desenho real e os parâmetros das propostas para avaliar seu impacto efetivo.
Na corrida para o Congresso, os republicanos assumiram o controle do Senado e parecem prestes a conquistar o controle da Câmara.
Criptomoedas — câmbio e ações — e as taxas de juros estão em alta. Os mercados tendem a ter uma primeira reação mais intensa, mas os preços dos ativos vão acompanhar os fundamentos econômicos e das empesas.
A taxa de juros dos títulos do Tesouro de 10 anos saltou 12 p.p., alcançando 4,40%, nível mais alto desde julho, enquanto a de 2 anos subiu para 4,24%.
O dólar dos EUA fortaleceu frente ao peso mexicano e outras moedas globais principais. O dólar subiu 2,6% frente ao peso mexicano e também avançou em relação ao euro, franco suíço, iene japonês e yuan chinês. O índice do dólar sobe 1,6%, em 105,1 — nível mais alto desde julho.
O ouro está estável cotado a US$ 2.741 por onça. O Bitcoin avança 5,6% atingindo um US$ 73.039
Os preços do petróleo caíram mais de 1% nesta quarta-feira (06) devido ao fortalecimento do dólar, uma vez que Donald Trump estava em vantagem na eleição presidencial dos EUA.
Os mercados asiáticos fecharam mistos hoje. O índice Nikkei 225 do Japão liderou os ganhos, subindo 2,6%, enquanto os mercados da Coreia do Sul e da China terminaram em queda. A reunião do Congresso Nacional do Povo da China continuará nesta quarta, com investidores atentos a informações sobre estímulos adicionais e políticas destinadas a estabilizar a economia.
As ações europeias estão em alta nesta manhã, em linha com as ações dos EUA. Os futuros do S&P 500 sobem 1,8% e os futuros do Nasdaq 100 avançam 1,7%. As ações da Tesla sobem 12%.
Por aqui, o Ibovespa fechou o pregão de ontem (05) em leve alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. O dólar à vista caiu -0,60%, cotado a R$ 5,7484, derrubando os juros futuros. O mercado segue aguardando as medidas para conter o crescimento explosivo da dívida.
Nesta manhã, em linha com o fortalecimento do dólar, o principal fundo negociado em bolsa do Brasil, o EWZ, opera em queda de 1,80%.
Economia
Zona do Euro: O PMI do setor de Serviços apresentou leve alta para 51,6 pontos em outubro, ante 51,4 pontos em setembro, indicando uma expansão moderada. No entanto, os pedidos de novos negócios caíram pelo segundo mês seguido, no ritmo mais acentuado desde janeiro, e os pedidos de exportação registraram o maior declínio em dez meses. Os níveis de emprego cresceram marginalmente, embora essa taxa de criação de vagas tenha sido a menor desde fevereiro de 2021. As expectativas para os próximos 12 meses mantiveram-se otimistas, mas a confiança diminuiu em relação ao mês anterior.
O PMI composto manteve-se estável no início do 4° trimestre. A queda na atividade empresarial nas duas maiores economias do bloco — Alemanha e França — compensou a expansão em outros países. A falta de crescimento reflete o enfraquecimento da demanda, estabilidade na produção e a maior retração no emprego. A confiança empresarial caiu pelo quinto mês consecutivo, alcançando o menor nível do ano.
EUA: O setor de serviços iniciou o 4° trimestre com forte expansão. O ISM de serviços subiu para 56,0 pontos em outubro, superando o resultado anterior de 54,9 pontos e ficando acima do consenso de 53,8 pontos. Esse avanço foi impulsionado principalmente pelo componente de emprego, que voltou ao território expansionista e registrando 53,0 pontos — ante 48,1 anteriormente —, o nível mais alto desde agosto de 2023. As empresas demonstram expectativas de uma demanda forte no final do ano e aumentaram suas contratações, mas ainda enfrentam desafios para preencher certas posições.
As entregas de fornecedores diminuíram pelo segundo mês consecutivo devido aos efeitos de furacões e greves portuárias. Os novos pedidos, um indicador prospectivo da demanda empresarial, permaneceram em território expansionista em 57,4 pontos — refletindo que clientes já se preparam para novos projetos após as eleições. O índice ISM do setor de serviços aponta para uma demanda ainda firme no último trimestre, especialmente caso não haja deterioração significativa no mercado de trabalho.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.