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Mercados
Os mercados internacionais estão operando em alta na manhã desta quinta-feira (06). O movimento reflete os últimos dados dos mercado de trabalho e de atividade, que indicam uma desaceleração da economia americana, e a diminuição dos receios sobre como o governo de Donald Trump pretende usar a imposição de tarifas.
Na noite de ontem (05), o Secretário do Tesouro Americano, Scott Bessent, deu entrevista para a Fox News e abordou temas como tarifas — que ele afirmou serem instrumentos para ajudar o processo de reindustrialização de alguns setores chaves para os EUA e exercer pressão para alguns temas sensíveis politicamente — e a intenção de baixar as taxas de longa prazo nos EUA com redução dos déficits e algumas outras ferramentas.
A retórica de Bessent e os dados divulgados, que você pode ler em detalhes abaixo, ajudam os mercados a construir cenários um pouco mais construtivos para as trajetórias de juros e as decisões do Fed nos próximos meses.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA apresentam pouca variação nesta quinta-feira. A taxa do papel de 10 anos sobe para 4,43%, enquanto a do título de 2 anos sobe para 4,20%.
O dólar avança frente às principais moedas, com o índice DXY em alta de 0,40%, aos 108 pontos. Os preços do petróleo operam em alta, com os contratos futuros do Brent avançando 0,74%, para US$ 75,16 por barril. Os futuros do petróleo WTI avançam 0,80%, para US$ 71,58 por barril.
Nos EUA, os futuros de Nasdaq e S&P estão negociando próximos da estabilidade. As principais bolsas da Europa estão operando no positivo, com destaque para a Bolsa de Londres — que sobe 1,28% na expectativa pela decisão política monetária do BoE, que deve reduzir os juros no Reino Unido.
Por aqui, o Ibovespa fechou em alta de 0,31% ontem, aos 125.534 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,7935, e encerrou uma sequência de 12 dias em queda.
Economia
EUA: De acordo com o relatório da ADP, o emprego no setor privado aumentou em 183 mil vagas em janeiro com ajuste sazonal. O setor de serviços registrou alta de 190 mil empregos, com destaque para os avanços de 56 mil em comércio, transporte e utilidades e de 54 mil em lazer e hospitalidade. As indústrias de bens registraram queda de 6 mil vagas, influenciada pela redução de 13 mil postos na manufatura. O salário mediano anual para trabalhadores que permaneceram no emprego aumentou 4,7% em relação ao ano anterior.
EUA: O índice ISM de serviços recuou 1,2 ponto em janeiro, para 52,8 pontos, e ficou abaixo das expectativas. A composição do relatório foi mista: enquanto os componentes de atividade de negócios e novos pedidos caíram, o componente de emprego avançou. O índice de novos pedidos de exportação aumentou 1,9 ponto, para 52,0 pontos. A medida de preços pagos recuou 4,0 pontos, para 60,4 pontos. Segundo o comunicado, muitos respondentes relataram que condições climáticas adversas impactaram negativamente seus negócios e produção. Além disso, enquanto potenciais aumentos tarifários seguem sendo uma preocupação, houve pouca menção a impactos imediatos nos negócios.
Brasil: A produção industrial registrou queda de 0,3% em dezembro na comparação mensal, acumulando retração de 1,2% nos últimos três meses. Apesar da terceira variação negativa consecutiva, o desempenho superou as expectativas do mercado. No quarto trimestre, a produção registrou ligeira queda de 0,1% na margem, interrompendo quatro trimestres de alta. Ainda assim, o ano de 2024 registrou crescimento expressivo de 3,1%, contrastando com os modestos avanços de 0,1% em 2023 e a queda de 0,7% em 2022.
Entre os setores, a indústria de transformação caiu 0,8% na margem, mas manteve crescimento na comparação anual. Bens intermediários cresceram 0,6% na margem e foram destaque positivo — impulsionados por alimentos e têxteis —, enquanto bens semiduráveis e não duráveis acumularam forte queda. Nos segmentos mais ligados ao crédito, bens de capital e duráveis apresentaram recuos pontuais na margem, mas sustentaram resultados anuais robustos — impulsionados principalmente pelo setor automotivo, que garantiu crescimento acumulado de 9,1% e 10,6%, respectivamente, em 2024.
Considerando o resultado da produção industrial, o tracking do PIB segue indicando alta de 0,4% na margem no 4° trimestre de 2024, com crescimento de 3,5% em 2024. Para 2025, esperamos desaceleração do crescimento, com a economia crescendo 1,6%.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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