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- Americanos vão às urnas eleger seu próximo presidente nesta terça-feira (05);
- Pesquisas mostram disputa acirrada, mas mercados precificam favoritismo a Trump;
- No Oriente Médio, o Irã alerta sobre novo ataque contra Israel;
- PMI de serviços Caixin da China surpreende positivamente o mercado;
- Por aqui, as vendas de veículos avançaram 3,1% em outubro.
Mercados
Os norte-americanos irão às urnas hoje para eleger seu próximo presidente. A última pesquisa da NBC indica uma disputa acirrada, com a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump empatados com 49% dos votos.
A despeito das pesquisas, nas últimas semanas os mercados financeiros parecem ter incorporado maiores chances de uma vitória de Trump — cujas políticas de tarifas e imigração são consideradas inflacionárias.
Os impactos globais dependerão da composição do Congresso. Uma Câmara dos Representantes e um Senado divididos nos EUA provavelmente manteriam o status quo. No entanto, uma vitória dos Republicanos em ambas as casas com Trump na Casa Branca poderia levar a uma mudança mais radical na agenda.
No front geopolítico, o Irã alertou países árabes de que conduzirá um ataque complexo em retaliação aos recentes ataques das Forças de Defesa de Israel contra o Irã. Teerã planeja usar drones e mísseis, alguns com cargas mais pesadas do que as anteriormente disparadas contra Israel.
Enquanto isso, na Faixa de Gaza representantes do Hamas e do Fatah se encontraram no Cairo para discutir a governança pós-guerra e concordaram em formar um comitê administrativo para gerenciar fronteiras. O Hamas busca estabelecer um governo intra-palestino que possa controlar como alternativa ao plano dos Emirados Árabes Unidos, que excluiria o Hamas da governança .
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão praticamente inalteradas, com o título de 10 anos caindo para 4,31% e o título de 2 anos em 4,18%.
O dólar começou a semana em posição defensiva, à medida que os operadores ajustavam suas posições no dia da eleição presidencial dos EUA. O índice do dólar, que mede a moeda em relação aos seus principais pares — incluindo o euro —está estável em 103,9. O ouro à vista caiu 0,1%, para US$ 2.733,39 por onça, enquanto a principal criptomoeda, o Bitcoin, subiu 1,4%, para US$ 67.992.
Os preços do petróleo caíram ligeiramente nestaa terça-feira (05). Os mercados se preparam para as incertezas da eleição presidencial dos EUA, após uma alta de mais de 2% na sessão anterior, quando a OPEC+ adiou os planos de aumentar a produção em dezembro. Os futuros do Brent caíram 15 centavos, ou 0,2%, para US$ 74,93 por barril.
Os mercados asiáticos negociaram de forma mista hoje. Os mercados do Japão e da China fecharam em alta, enquanto os da Coreia do Sul e da Austrália operaram em baixa.
As ações europeias registraram leve alta, enquanto os futuros das ações dos EUA permaneceram estáveis.
Ontem (04), por aqui o mercado melhorou com as sinalizações do ministro Fernando Haddad de que as medidas de corte de gastos devem ser anunciadas ainda nesta semana. O Ibovespa fechou em alta de 1,87%, aos 130.515 pontos, enquanto o dólar à vista fechou em baixa de 1,47%, cotado a R$ 5,7831 — proporcionando um forte a alívio dos juros futuros.
Economia
China: O PMI de serviços do Caixin atingiu 52,0 pontos em outubro, acima dos 50,3 pontos registrados em setembro. Com isso, manteve-se a expansão que começou em janeiro de 2023. Embora moderado, o crescimento foi o mais rápido dos últimos três meses e superou as expectativas dos analistas, que previam o indicador em 50,5 pontos.
O aumento de novos negócios refletiu, em parte, um sólido avanço nas encomendas de exportação, que levou a uma aceleração na atividade e ao crescimento dos pedidos pendentes.
Em resposta ao aumento da confiança na produção futura, os prestadores de serviços chineses continuaram a elevar o nível de contratação em outubro. Os preços de venda permaneceram estáveis, enquanto a inflação dos custos de entrada mostrou uma leve desaceleração.
Brasil: As vendas de veículos aumentaram 3,1% em outubro na comparação mensal ajustada sazonalmente. Esse resultado reflete uma oscilação nos volumes ao longo do ano desde abril, quando o setor registrou o maior volume desde janeiro de 2015. Em termos de médias móveis trimestrais, o crescimento foi de 0,5% em relação ao mês anterior.
No comparativo anual, o avanço foi de 21,5%, marcando o sétimo aumento consecutivo nessa base. Esse foi também o melhor desempenho para um mês de outubro desde 2013, com 3,70 milhões de veículos emplacados no acumulado de 2024 — um salto de 16,9% em relação ao ano anterior.
O crescimento foi generalizado entre categorias de veículos. Nos leves, o aumento de 3,1% compensou a queda de 2% registrada em setembro, com destaques para motocicletas e automóveis, que registraram sucessivas altas. Comerciais leves seguem sem baixas por quatro meses, alcançando o maior patamar de vendas desde fevereiro de 2014. Entre os pesados, houve crescimento de 1,8%, com os ônibus contribuindo significativamente para o resultado ao alcançar o maior nível de emplacamentos dos últimos dez anos.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.