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- Em Wall Street, novembro foi o melhor mês de 2024 para o Dow Jones e o S&P 500;
- Dados na China e retomada de ataques no Oriente Médio pressionam o preço do petróleo;
- Por, aqui, o mercado recebeu mal o pacote fiscal apresentado pelo governo federal;
- Dólar atingiu maior nível desde a implementação do Plano Real e ultrapassou os R$ 6,00.
Mercados
Nos EUA, novembro foi o melhor mês de 2024 tanto para o Dow Jones quanto para o S&P 500. Ambos os índices registraram recordes históricos no pregão encurtado da sexta-feira (29). As ações de menor capitalização também foram destaque: o índice Russell 2000 subiu mais de 10% no mês, o maior ganho mensal do ano. Enquanto isso, as taxas dos Treasuries caíram para os menores níveis desde o final de outubro.
O relatório de empregos de novembro, a ser divulgado na sexta-feira (06), será crucial para as perspectivas das taxas de juros. As previsões medianas apontam para um aumento de 195 mil empregos. A taxa de desemprego deve subir ligeiramente para 4,2%, contra 4,1% no mês anterior, o que deve manter o Fed no curso de cortar os juros em 25 pontos base no dia 18 de dezembro.
Os mercados precificam uma probabilidade de 65% para esse corte, mas projetam apenas mais dois cortes ao longo de 2025. As taxas dos Treasuries pouco mudaram nesta segunda-feira (02): a Treasury de 10 anos opera em 4,21%, enquanto a do Treasury de 2 anos registra 4,20%.
O preço do Bitcoin caminha para um dos melhores meses do ano, após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial impulsionar a criptomoeda para novos recordes ao longo de novembro. Hoje, o Bitcoin cai 2,4% e está cotado a US$ 95.097. O índice do dólar avança 0,6% e o ouro à vista recua 0,7%, para US$ 2.636,38.
Os preços do petróleo subiram nesta segunda, apoiados por dados positivos da atividade industrial na China — o segundo maior consumidor mundial de petróleo — e pela retomada de ataques de Israel ao Líbano, apesar de um acordo de cessar-fogo, o que aumentou as tensões no Oriente Médio. Os contratos futuros do Brent subiram 8 centavos, ou 0,1%, para US$ 71,92 o barril.
Os mercados da região Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta segunda. Os mercados europeus operam ligeiramente em baixa, com as ações da montadora Stellantis caindo mais de 8% no início do pregão após a renúncia repentina de seu CEO no fim de semana. Os futuros de ações dos EUA também registraram leve baixa.
China: o índice oficial de gerentes de compras (PMI) para novembro superou as expectativas, com a leitura de 50,3 pontos — o maior nível desde abril — vindo acima dos 50,2 esperados. Em outubro, o PMI de manufatura havia registrado 50,1.
O PMI de serviços da China recuou para 50,0, ante 50,2 no mês anterior. O PMI composto permaneceu estável em 50,8.
Na sexta-feira, o dólar estabeleceu novo recorde de fechamento aos R$ 6,0012 (+0,20%), depois de superar os R$ 6,10 durante o dia. O câmbio repercutiu a má recepção do mercado ao pacote fiscal do governo.
Os juros futuros passaram por correção moderada, após as falas do presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, indicando o compromisso do Congresso com a responsabilidade fiscal e indicando que a isenção de IR só será considerada se houver espaço fiscal.
O Ibovespa fechou em alta de 0,85%, aos 125.668 pontos e acumulou baixas de 2,68% na semana, de 3,12% no mês e de 6,35% no ano. As expectativas devem seguir em deterioração depois da decepção com o pacote fiscal. Hoje, circulamos um Monte Bravo Analisa — Consequências do Pacote Fiscal onde discutimos os novos cenários.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (29/11/2024):
- IPCA/2024 caiu de 4,64% para 4,71%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 4,34% para 4,40%
- PIB/2024 subiu de 3,17% para 3,22%, enquanto o PIB/2025 ficou estável em 1,95%
- Dólar/2024 ficou estável em R$ 5,70, enquanto o Dólar/2025 subiu de R$ 5,55 para R$ 5,60
- Selic/24 ficou estável em 11,75% a.a., enquanto a Selic/2025 subiu de 12,25% a.a. para 12,63% a.a.
- Primário/24 ficou estável em -0,50%, enquanto Primário/25 ficou estável em -0,70%
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Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.