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- Mercados globais seguem em compasso de espera;
- Treasuries operam na estabilidade;
- O índice do Dólar está perto de sua mínima de 2024;
- Perspectivas para Alemanha e zona do euro seguem desanimadoras;
- No Brasil, risco fiscal causa alta em toda a curva de juros.
Mercados
Os mercados globais estão em compasso de espera pelo tão aguardado corte de juros do Fed. A decisão será anunciada amanhã (18) às 15h. Este será o primeiro corte nas taxas desde que o Fed começou a aumentar os juros em março de 2022.
Os futuros dos Fed Fund elevaram a aposta em um corte de 50 pontos-base para 67% — contra 30% de uma semana atrás.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão estáveis nesta manhã, com a taxa do título de 10 anos em 3,62% e a do título de 2 anos em 3,56%.
O índice do dólar dos EUA enfraqueceu 0,14% durante a noite, chegando a 100,6 — perto da mínima de 2024. Os preços do ouro chegaram próximos de sua máxima histórica nesta terça-feira (17), com o ouro à vista mantendo-se estável em US$ 2.582 por onça.
Os preços do petróleo ampliaram os ganhos hoje. O mercado tem preocupações com a produção dos EUA após a passagem do furacão Francine e as expectativas de estoques menores de petróleo bruto no país. Os futuros do Brent para novembro subiram 16 centavos, ou 0,2%, para US$ 72,91 o barril.
As ações asiáticas tiveram um desempenho misto na terça-feira, com o Nikkei 225 do Japão fechando em queda de 1,0%, aos 36.203 pontos. As ações caíram com o fortalecimento do Iene pela sexta sessão consecutiva, agora negociado a 140,65 contra o Dólar.
As ações europeias operam em alta nesta terça, com as próximas reuniões de bancos centrais permanecendo em foco, em linha com os futuros em Nova Iorque.
No Brasil, ontem o Ibovespa avançou 0,18%, aos 135.118,22 pontos. O Dólar caiu 1,02% na esteira do movimento global — fechando a R$ 5,5106. No entanto, mais uma vez, a piora na percepção fiscal com gastos fora da meta levaram a uma elevação da percepção de risco e a uma alta em toda a curva de juros futuros, principalmente nos mais longos.
Economia
Zona do euro – O índice de expectativas (ZEW) da Alemanha caiu para 3,6 pontos em setembro. A queda acentuada em relação aos 19,2 pontos de agosto surpreendeu economistas que previam uma retração menor. A contração inesperada da economia no segundo trimestre, somada ao fraco desempenho industrial e à cautela dos consumidores, contribuiu para esse cenário negativo. A confiança dos investidores na economia alemã atingiu seu nível mais baixo em quase um ano, refletindo a queda nas expectativas econômicas.
Apesar da recente redução de 50 p.b. nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu, as perspectivas para a economia da Alemanha e da zona do euro continuam desanimadoras. Espera-se estagnação ou até uma nova leve contração no 3° trimestre. Mesmo com algum alívio monetário à vista, a confiança na recuperação econômica está em declínio, indicando um cenário desafiador no futuro.
Brasil – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,18% em setembro, uma desaceleração em comparação com o aumento de 0,72% observado no mês anterior. Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,54% no ano e de 4,25% nos últimos 12 meses. Em setembro de 2023, o IGP-10 também havia registrado variação mensal de 0,18%, mas apresentava uma queda acumulada de 6,35% nos 12 meses anteriores.
O índice de preços ao produtor (IPA) desacelerou significativamente entre agosto e setembro, refletindo a queda nos preços das principais commodities, como soja e minério de ferro, que têm grande influência no índice.
No índice de preços ao consumidor (IPC), os grupos alimentação e habitação também registraram desaceleração, ainda sob os efeitos de agosto, embora a tendência seja de reversão desse movimento nas próximas edições do IGP. Na construção civil (INCC), o índice segue em alta, impulsionado pelos reajustes salariais capturados no grupo mão de obra.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.