Com ativos de risco em alta, mercado segue atento ao Fed e dados da inflação

23/09/2024 às 09:02

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Segunda

Set

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  • Mercados de risco continuam operando em alta após o corte de juros nos EUA;
  • Nesta semana, os mercados estarão atentos a comentários de dirigentes do Fed e dados da inflação;
  • Tensão no Oriente Médio e juros nos EUA impulsionam os preços do petróleo
  • No Brasil, a sexta-feira (20) foi marcada por mais uma rodada de piora do cenário fiscal.

Mercados

Os mercados de risco globais continuam operando em alta após o corte de 50 p.b. pelo Fed na semana passada. Os principais índices de ações dos EUA registraram ganhos na semana passada, com o S&P 500 avançando 1,46% e o Nasdaq Composite — focado em tecnologia — 1,5%.

Nesta semana, os mercados estarão atentos aos comentários de diretores do Fed e aos dados de inflação PCE dos EUA, que serão divulgados na sexta-feira (27).

Os mercados futuros de juros incorporaram 75 pontos base de cortes até o final deste ano e quase 200 p.b. no ano que vem. Esse movimento levaria a taxa básica de juros nos EUA para 2,75% até o final de 2025.

Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão em leve alta com a taxa do título de 10 anos em 3,74%, enquanto o de 2 anos permanece em 3,56%.

O índice do Dólar, que mede o valor da moeda americana frente às principais moedas, subiu ligeiramente para 100,8. Os preços do ouro atingiram um recorde histórico nesta segunda-feira (23), com o ouro à vista subindo 0,2%, para US$ 2.628 por onça. O Bitcoin sobe 1,1% para US$ 63.523.

Os preços do petróleo subiram ligeiramente. A commodity foi impulsionada por preocupações de que o conflito no Oriente Médio possa impactar a oferta na principal região produtora e pela expectativa de que o corte de juros dos EUA na semana passada apoie a demanda. Os futuros do Brent para novembro subiram 20 centavos, ou 0,3%, para US$ 74,69 por barril.

Os mercados da Ásia subiram nesta segunda. As ações europeias abriram o dia estáveis, em linha com os futuros das ações dos EUA.

No Brasil, a sexta-feira (20) foi marcada por mais uma rodada de deterioração da percepção de risco devido à condução da política fiscal. O Ibovespa fechou em queda de 1,55%, aos 131.065 pontos. Na semana, na contramão do movimento global, o índice perdeu 2,83%. O Dólar subiu 1,78%, cotado a R$ 5,5209. Na semana, a moeda caiu 0,83%. Neste contexto, aumentaram as apostas para aumentos mais agressivos da Selic e os juros futuros subiram cerca de 0,30 ponto percentual nos vencimentos médios e longos.

Cenário

Geopolítica: o Hezbollah — grupo apoiado pelo Irã e baseado no Líbano — e Israel trocaram disparos no domingo, com o grupo lançando foguetes em território israelense após enfrentar uma intensa ofensiva de bombardeios.

O conflito se intensificou drasticamente na última semana, após milhares de pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodirem. O ataque foi amplamente atribuído a Israel, que não confirmou nem negou a responsabilidade.

China: O Banco Popular da China (PBoC) cortou a taxa de juros dos contratos de recompra reversa (repo) de 14 dias em 10 pontos base para 1,85% e injetou 74,5 bilhões de yuans (US$ 10,6 bilhões) de liquidez no sistema financeiro por meio do repo.

Além disso, o PBoC anunciou uma coletiva de imprensa para amanhã. Os mercados esperam mais estímulos depois que, na semana passada, o PBoC inesperadamente manteve suas taxas de juros referenciais de empréstimo (LPRs) de um e cinco anos — apesar das crescentes expectativas de redução nas taxas.

Destaques do Boletim Focus do Banco Central (20/09/2024):

  • IPCA/2024 subiu de 4,35% para 4,37%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 3,95% para 3,97%
  • PIB/2024 subiu de 2,96% para 3,00%, enquanto o PIB/2025 ficou estável em 1,90%
  • Dólar/2024 ficou estável em R$ 5,40, enquanto o Dólar/2025 ficou estável em R$ 5,35
  • Selic/24 subiu de 11,25% a.a. para 11,50% a.a., enquanto a Selic/2025 ficou estável em 10,50% a.a.
  • Primário/24 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/25 subiu de -0,75% para -0,74%

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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