Informe diário Monte Bravo Corretora — 20/03/2025

20/03/2025 às 10:46

20

Quinta

Mar

4 minutos de leitura
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Para conferir o Informe Diário completo em formato PDF, clique aqui.

Mercados

Os futuros americanos estão operando em queda, um movimento que pode ser considerado uma realização do mercado após o forte rally observado ontem após a decisão do Fed (comentários ao lado). Os movimentos de mercado têm nos parecido muito guiados por temas específicos, uma hora são as  tarifas, decisões de política monetária, tweets, estagflação, recessão, com cada dado ou notícia nova sendo importante até que outra notícia venha à tona.

No Brasil, a decisão do Copom seguiu o script com um aumento de 100 bps e a contratação de uma alta menor na próxima decisão (maiores detalhes ao lado). Essa confirmação de uma política monetária menos restritiva pode ajudar a continuar o rally de ativos de risco no Brasil, já que as discussões sobre os problemas fiscais têm ficado de lado. O movimento do Brasil é menos volátil do que lá fora, porém o mercado também tem focado em um tema explorado à exaustão, até que ele parece não ser importante, mesmo quando os dados não se alteram.

As taxas de juros nos EUA estão abrindo o dia em queda, com a taxa de 2 anos atingindo 3,94% e a de 10 anos voltando a operar próxima dos 4,20%, num movimento de acomodação após a reunião do Fed.

À medida que os investidores reavaliam as expectativas iniciais de que as políticas econômicas de Trump fortaleceriam o dólar e enfraqueceriam outras moedas, a moeda americana recuou 6% frente ao euro desde meados de janeiro. Porém, os últimos dos dias têm sido de elevação da moeda americana contra seus principais concorrentes, com o DXY atingindo a mínima de 103,20 e agora sendo negociado 103,90.

Os preços do ouro atingiram um novo recorde acima de US$ 3.000 nesta quarta-feira, com investidores buscando proteção.

Os preços do petróleo operam em alta no início do pregão desta quinta-feira, com a demanda dos EUA surpreendendo positivamente nas últimas semanas e as dúvidas sobre o fim da Guerra na Ucrânia e novas tensões no Oriente Médio. Os contratos futuros do Brent subiam US$ 0,10, ou 0,11%, para US$ 70,83 por barril.

Os mercados asiáticos subiram nesta quinta-feira, acompanhando as altas em Wall Street, no dia anterior. As bolsas europeias operam em baixa nesta quinta-feira, com os investidores realizando os lucros das últimas semanas e analisando as diversas decisões de política monetária ao redor do continente.

Ontem, por aqui, o Ibovespa avançou, pela sexta sessão consecutiva, 0,79%, aos 132.508 pontos, impulsionado pelas ações de utilidades públicas. O dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, a R$ 5,6380.

Economia

EUA – O FOMC optou por manter a taxa de Fed Funds (jurosbase dos EUA) estável na faixa-alvo de 4,25% a 4,50% a.a., como era amplamente esperado. O Fed alterou o comunicado com a menção ao aumento das incertezas econômicas e anunciou a desaceleração do ajuste em seu balanço a partir de abril.

As vendas mensais de Treasuries serão reduzidas de US$ 25 bilhões para US$ 5 bilhões, enquanto o ritmo de venda de hipotecas permanecerá em US$ 35 bilhões. 

Nas projeções, o crescimento para 2025, 2026 e 2027 foi revisado para 1,7%, 1,8% e 1,8%, impactando a taxa de desemprego de 2025, que subiu para 4,4%. A estimativa do núcleo do PCE para 2025 foi elevada para 2,8%, refletindo o impacto das tarifas, mas mantida em 2,2% e 2,0% para os anos seguintes.

Com a trajetória de inflação e desemprego inalterada a partir de 2026, o FED manteve a expectativa de dois cortes de juros em 2025 e 2026, levando a taxa básica a 4,0% a.a. em dezembro de 2025. No PDF acima, foi incluída a sessão Monte Bravo Analisa – FOMC, que detalha a decisão e os impactos sobre os preços dos ativos e investimentos.

Brasil – O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa Selic em 1,0 p.p. para 14,25% ao ano, com votação unânime, tendo sinalizado uma nova elevação em menor magnitude na próxima reunião de maio, para qual esperamos uma alta de 0,5 p.p. Na análise do cenário, o Copom manteve a avaliação que o balanço de riscos permanece com assimetria altista, reforçando a necessidade de continuidade do ciclo de aperto.

Considerando a magnitude do ciclo de aperto já implementada e o deslocamento do horizonte relevante da política monetária nas próximas reuniões, avaliamos que a taxa Selic ao atingir o patamar de 14,75% a.a. frente à projeção de inflação 12 meses à frente do Copom em torno de 3,5% para o final de 2026, significará um patamar de cerca de 11,0% de taxa de juros reais ex ante, o que é bastante restritivo. Portanto, ao atingir esse patamar, o Copom optará por encerrar o ciclo de aperto de juros. No PDF acima, está incluída a sessão Monte Bravo Analisa – Copom, que detalha a decisão e os impactos sobre os preços dos ativos e investimentos

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 
Fonte: Bloomberg.

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