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Mercados
Os mercados globais operam em alta nesta sexta-feira, após o S&P 500 entrar em território de correção. O sentimento em Wall Street melhorou com sinais de que uma paralisação do governo será evitada. O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, afirmou que não bloqueará um projeto republicano de financiamento do governo.
A queda de 1,4% na quinta-feira levou o S&P 500 a um recuo de 10,1% em relação ao recorde registrado no mês passado, colocando o índice oficialmente em correção, definida como uma retração de pelo menos 10% em relação a uma máxima recente.
No mais recente capítulo da guerra comercial de múltiplos fronts do presidente Donald Trump, a União Europeia respondeu às tarifas americanas sobre aço e alumínio impondo uma taxa de 50% sobre as exportações de uísque dos EUA. Em resposta, Trump ameaçou impor uma tarifa de 200% sobre vinhos e destilados europeus.
As taxas dos Treasuries dos EUA operam em alta nesta sexta-feira, à medida que investidores aguardam dados sobre a confiança do consumidor e reagem ao alívio proporcionado por números mais moderados de inflação divulgados.
A taxa do título do Tesouro americano de 10 anos avançava mais de 2 pontos-base, para 4,30%. Já a taxa do Treasury de 2 anos subia 2 pontos-base, situando-se em 3,97%.
O dólar se fortaleceu em relação às principais moedas globais. O índice do dólar, que mede o desempenho da divisa americana frente a uma cesta de moedas, incluindo o iene e o euro, subiu 0,12%, para 103,71 pontos. O ouro à vista está recuando 0,1%, sendo negociado a US$ 2.984 por onça-troy.
Os preços do petróleo se recuperaram nesta sexta-feira, compensando parte das perdas de mais de 1% registradas na sessão anterior. O movimento ocorre em meio à percepção de que um rápido fim da guerra na Ucrânia, o que poderia resultar em uma maior oferta de energia russa, segue improvável. Os contratos futuros do Brent avançaram 46 centavos de dólar, ou 0,7%, para US$ 70,34 por barril.
Os mercados da Ásia registraram alta nesta sexta-feira, apesar da queda generalizada nos três principais índices acionários dos EUA na véspera. As bolsas europeias abriram em alta, enquanto, em Wall Street, os futuros das ações sobem nesta manhã.
Ontem (13), o Ibovespa registrou ganho de 1,43%, fechando aos 125.637 pontos, enquanto o dólar à vista caiu 0,15%, sendo cotado a R$ 5,80.
Economia
EUA – O índice de preços ao produtor (PPI) ficou estável em fevereiro, após alta de 0,6% em janeiro. Os preços dos alimentos avançaram 1,7%, enquanto os custos de energia caíram 1,2%. Na comparação anual, o PPI desacelerou para 3,2%. Excluindo alimentos e energia, houve queda de 0,1% no mês, mas o núcleo subiu 3,4% em relação ao ano anterior. Os preços dos bens avançaram 0,4%, a maior alta desde o início de 2023, compensando a queda nos serviços.
Algumas categorias ligadas ao deflator do PCE registraram pressão, como cuidados hospitalares (+1,0%) e gestão de carteiras (+0,5%). Considerando os resultados do CPI e do PPI, a projeção para o núcleo do PCE indica alta de 0,3% na margem e 2,7% em termos anuais em fevereiro, acelerando em relação à alta de 2,6% observada em janeiro.
Brasil – Os serviços cresceram 1,6% em janeiro com relação ao mesmo mês do ano anterior, superando as projeções do mercado. Houve revisões para cima nos resultados de novembro e dezembro, mas, descontados os efeitos sazonais, o setor registrou leve queda de 0,2% na passagem mensal, o que contribui para um carregamento estatístico negativo no primeiro trimestre. Os serviços prestados às famílias apresentaram crescimento modesto de 1,0% em base interanual e forte queda de 2,4% na margem, refletindo a desaceleração do mercado de trabalho e da renda. Por outro lado, os Serviços de Informação e Comunicação tiveram desempenho positivo, avançando 2,3% na margem e 7,5% na comparação anual, impulsionados pelo crescimento da Tecnologia da Informação.
Considerando os resultados do setor de serviços e da indústria já divulgados, o tracking do PIB indica alta 1,0% na margem no 1° trimestre de 2025.
Brasil – O IBGE reduziu em 0,5% (1,5 milhão de toneladas) sua projeção para a produção de grãos em fevereiro, estimando agora 323,8 milhões de toneladas. Apesar da revisão, esse volume ainda representaria um crescimento de 10,6% em relação a 2024 e de 2,7% sobre o recorde de 2023. A principal responsável pela revisão negativa foi a soja, cuja projeção caiu 1,3% (2,1 milhões de toneladas) em relação a janeiro. Em contrapartida, a expectativa para a produção de milho teve leve alta de 0,5% (0,6 milhão de toneladas), com previsão de recorde para a primeira safra e do segundo maior volume histórico para a segunda.
A Conab revisou para cima sua estimativa, prevendo uma produção de 328,3 milhões de toneladas. Caso confirmado, esse volume representará um aumento de 10,3% (30,6 milhões de toneladas) sobre 2023/24 e um novo recorde.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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