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Mercados
Os futuros dos EUA estão operando em ligeira valorização em um dia que deve apresentar bastante volatilidade com o mercado analisando as decisões de política monetária nos EUA e no Brasil.
Nos EUA, a volatilidade virá menos da decisão, que será de manter a política monetária inalterada, e mais das projeções dos membros do FOMC sobre a trajetória da economia para os principais indicadores econômicos e a entrevista de Jerome Powell após a divulgação da decisão.
No Brasil o cenário é parecido, já que o BC tinha guiado o mercado para uma alta de 100 bps, porém todos estarão de olho na Comunicado e possíveis sinais dos próximos passos.
A taxa de juros do título do Tesouro de 10 e 2 anos estão estáveis em 4,207% e 4,048% respectivamente.
À medida que os investidores reavaliam as expectativas iniciais de que as políticas econômicas de Trump fortaleceriam o dólar e enfraqueceriam outras moedas, a moeda americana recuou 6% frente ao euro desde meados de janeiro. Hoje, entretanto, com as dúvidas sobre a decisão do Fed, O dólar se fortalece ligeiramente nesta manhã, com o índice DXY cotado a 103,65.
Os preços do ouro atingiram um novo recorde acima de US$ 3.000 nesta quarta-feira, com investidores buscando proteção.
Os preços do petróleo operam em queda no início do pregão desta quarta-feira, com preocupações sobre o crescimento global, tarifas dos EUA e negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, compensando o aumento da instabilidade no Oriente Médio, que pode afetar a oferta. Os contratos futuros do Brent recuavam US$ 0,17, ou 0,26%, para US$ 70,39 por barril.
Os mercados asiáticos recuaram nesta quarta-feira, acompanhando as perdas em Wall Street, que recuou com a incerteza sobre a economia e receios sobre a condução da política monetária.
As bolsas europeias operavam em baixa nesta quarta-feira, com investidores digerindo a aprovação histórica do Congresso alemão de medidas que relaxam as suas regras fiscais.
Ontem, por aqui, o Ibovespa avançou 0,49%, aos 131.474 pontos, impulsionado pelas ações de commodities. Com destaques paras as ações da JBS, que subiram 18%. O dólar à vista fechou em baixa de 0,25%, a R$ 5,6719.
Economia
EUA – O volume de construções residenciais iniciadas avançou 11,2%, impulsionado pela recuperação do clima adverso de janeiro, com crescimento tanto em moradias unifamiliares quanto multifamiliares. As licenças de futuras construções diminuíram 1,2% em fevereiro, ligeiramente abaixo da queda de 0,6% anterior e abaixo das expectativas dos analistas de 1,4%.
EUA – A produção manufatureira cresceu 0,9% em fevereiro, registrando a maior alta em um ano, impulsionada pelo avanço de 8,5% na fabricação de veículos automotores, possivelmente antecipando aumentos nas tarifas de importação do México e Canadá. Excluindo o setor automotivo, a manufatura avançou 0,3%, marcando o terceiro mês seguido de crescimento, com destaque para os segmentos de produtos de madeira, equipamentos aeroespaciais e eletrodomésticos.
Brasil – O governo enviou ao Congresso um Projeto de Lei que altera a tabela do IRPF e introduz mudanças na tributação de altas rendas e dividendos enviados ao exterior. A principal medida é a ampliação da faixa de isenção do IRPF para R$ 5 mil a partir de 2026, beneficiando cerca de 10 milhões de pessoas e elevando para 65% o percentual de declarantes isentos. O projeto também prevê um escalonamento para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, garantindo uma transição gradual na tributação.
Para compensar a perda de arrecadação, será instituída uma alíquota efetiva mínima progressiva entre 0% e 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil, com acréscimos de 1 p.p. a cada R$ 60 mil adicionais. A nova regra também prevê a tributação de 10% na fonte sobre dividendos pagos a pessoas físicas no Brasil que recebam mais de R$ 50 mil mensais por empresa, enquanto para investidores no exterior a alíquota será de 10% independentemente do valor recebido. Empresas no Brasil continuarão isentas na distribuição de dividendos recebidos de outras empresas, e regras para ganho de capital e JCP não sofrerão alterações.
A Fazenda estima que a ampliação da isenção do IRPF reduzirá a arrecadação em R$ 25,8 bilhões em 2026, compensada pela arrecadação de R$ 25,2 bilhões com a nova alíquota mínima e R$ 8,9 bilhões com a tributação de dividendos no exterior. No entanto, a tramitação do projeto no Congresso deve enfrentar resistência, especialmente em relação à taxação de dividendos, podendo prolongar sua aprovação. Além disso, o cenário político e a necessidade de apoio parlamentar para o governo podem aumentar o custo político da medida.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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