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O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou hoje (22) seu mais recente relatório trimestral sobre a economia global. O relatório trouxe uma piora nas projeções de crescimento da economia global, inclusive do Brasil.
No World Economic Outlook (WEO), a percepção é de que a economia global “encontra-se em um momento crítico” e que incertezas políticas testam a resiliência global.
O impacto das novas barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos e suas repercussões em parceiros como China, Canadá, México e União Europeia levaram à revisão das projeções para a economia em 2025 e 2026.
O PIB mundial deve avançar apenas 2,8% em 2025, abaixo dos 3,3% esperados em janeiro. Para o Brasil, a expectativa é de crescimento de 2% em 2025, após ter expandido 3,4% em 2024. Em 2026, a projeção é de 2%.
Para os Estados Unidos, pivô do abalo, o FMI prevê um crescimento bem abaixo do que na última projeção, agora em 1,8% em 2025 — ante 2,7% na anterior — e de 1,7% em 2026 — ante 2,1% anteriormente. O movimento de recuo seria resultado da desaceleração no consumo privado no país, enquanto a confiança de empresas e famílias foi abalada pelas sucessivas rodadas de tarifas comerciais.
A incerteza em torno dos próximos passos do governo Trump deverá pesar sobre as economias dos Estados Unidos e do mundo, afirmou o FMI. Empresas podem adiar investimentos e planos de expansão enquanto aguardam definições sobre a política comercial, o que tende a frear o crescimento.
A China também deve desacelerar, impactada pelas tarifas impostas por Washington. A expectativa do FMI é de que o país cresça 4% este ano e no próximo — cerca de 0,5 ponto percentual abaixo das previsões anteriores.
A inflação nos EUA deve piorar, alcançando cerca de 3% ao fim de 2025. Na China, os preços devem permanecer relativamente estáveis, segundo o FMI.
Para o Japão, o FMI cortou as projeções de crescimento para 0,6% em 2025 e 2026, uma redução de 0,5 e 0,2 p.p., respectivamente.

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