CPI acima do esperado reforça pausa nos cortes de juros pelo Fed

12/02/2025 às 12:02

12

Quarta

Fev

2 minutos de leitura
Compartilhar

???? Para conferir a análise em formato PDF, clique aqui.

O núcleo da inflação ao consumidor dos EUA ficou mais pressionado em janeiro por conta da forte alta de automóveis — impacto dos incêndios na Califórnia —, medicamentos e seguro de veículos.

O núcleo do CPI de janeiro registrou alta de 0,4% na margem, acima do consenso de mercado, que esperava alta de 0,3%. Em termos anuais, o núcleo do CPI acelerou de 3,2% em dezembro para 3,3% em janeiro.

Havia a expectativa de que os reajustes de automóveis e seguro de veículos pressionariam o CPI, mas a intensidade foi maior que o esperado. Além disso, as despesas de moradia, como aluguéis e custo de calefação, também aceleraram na margem. A expectativa é que parte das pressões em bens seja transitória e as próximas divulgações sejam menos pressionadas.

O núcleo de bens acelerou de estabilidade em dezembro para alta de 0,3% em janeiro, com forte alta de automóveis e caminhões, juntamente com medicamentos. Em termos anuais, o núcleo de bens subiu 0,3%.

A inflação de serviços também surpreendeu com maior disseminação de altas entre os grupos de serviços. Houve alta de 0,5% na margem do núcleo de serviços, que foi impactado pela alta dos custos de moradia, especialmente nos custos de calefação. Além disso, o núcleo de serviços excluindo os gastos de moradia também ficou bastante pressionada e registrou alta de 0,8% na margem, devido às altas de seguro de automóveis, serviços hospitalares e passagens aéreas.

É importante ressaltar que parte dessas altas são transitórias, pois alguns preços são reajustados anualmente. Por isso, essa inflação deverá se dissipar nos próximos meses. 

Com relação ao Fed, a indicação dada pelo presidente do banco central americano, Jerome Powell, no testemunho semianual ao Congresso ontem (11) é reforçada após o resultado do CPI de janeiro. Na ocasião, Powell afirmou que o Fed será paciente para decidir o momento de retomar o processo de corte de juros.

Avaliamos que parte dessas pressões de preços se mostrarão passageiras e o impacto das tarifas ficará contido entre 0,3% a 0,5% no núcleo do PCE. Assim, ao longo do segundo semestre haverá espaço para o Fed retomar o ciclo de corte de juros. Projetamos três reduções de 25 pontos base, que levariam a taxa de juros básica para 3,75% a.a. no final de 2025.

Artigos Relacionados

  • 02

    Quarta

    Abr

    02/04/2025 às 09:22

    Análise

    Informe diário Monte Bravo Corretora — 02/04/2025

    Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui. Mercados Os mercados globais seguem reféns das tarifas de Trump. Investidores aguardam mais clareza nesta quarta-feira, quando as tarifas recíprocas do serão anunciadas. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse a parlamentares na terça-feira que as tarifas servirão como um “teto”, ou seja, o valor anunciado …

    Continue lendo
  • 01

    Terça

    Abr

    01/04/2025 às 17:38

    Análise

    Carteira de Ações Monte Bravo — Abril/2025

    A Carteira de Ações Monte Bravo de Abril de 2025 está no ar. Todo mês, nosso time de Análise publica um relatório com as principais oportunidades no mercado de ações no Brasil. Essa curadoria leva em conta: Veja a carteira na íntegra e entre em contato com seu assessor de investimentos aqui na Monte Bravo …

    Continue lendo
  • 01

    Terça

    Abr

    01/04/2025 às 17:37

    Análise

    Carteira FIIs Monte Bravo — Abril/2025

    Nosso time de análise desenvolveu a Carteira de FIIs Monte Bravo Análise para oferecer aos nossos clientes um portfólio global para alocação em Fundos Imobiliários. Nossa estratégia mescla um bom dividend yield com ganhos de capital e, para isso, temos uma carteira diversificada em Fundos de Crédito (Recebíveis Imobiliários e Agro e Infra) e Fundos …

    Continue lendo