- Nos EUA, Trump é garantia de emoções, mas política econômica deve ser pragmática;
- Por aqui, insistência em política fiscal ultra expansionista obriga BC a ser mais contracionista;
- Pacote fiscal tardio e insuficiente ficou ainda pior com a isenção de IR;
- Aumento do risco jogou dólar para o maior nível da história;
- Estratégia de investimentos requer maior cautela com foco na preservação do capital.
O novo cenário macroeconômico é bem mais desafiador e recomenda reforçar a postura conservadora. Embora o mais provável não seja uma crise, o cenário não favorece a tomada de riscos. A alta dos juros e a desaceleração da economia sugerem uma barra mais elevada em termos de perfil de investimento.
Não é o momento para investir em empresas altamente alavancadas sem as devidas garantias, pois o custo da dívida tende a permanecer elevado por um longo período. O ideal é focar em companhias com baixo endividamento e com posição dominante de mercado.
No Cenário Base, o governo evita exacerbar a incerteza e sinaliza disposição de fazer os ajustes necessários. A falta de credibilidade impede uma melhora substancial, mas os preços dos ativos param de desvalorizar. Assim, o CDI projetado para 2025 é de 14,2% ante um IPCA de 5,2%, ou seja, juros reais de 8,5%.
Na renda fixa, há muitas oportunidades tanto em títulos pós-fixados quanto nos indexados à inflação.