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A Usiminas reportou na manhã do dia 14 de fevereiro seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2024.
Os números da companhia vieram ligeiramente abaixo do consenso. Apesar disso, a Usiminas começa a entregar resultados com maior consistência e com menos imprevisibilidade, algo que nos agrada pois nossa tese sempre foi baseada no turnaround que a companhia passaria após a troca no controle.
Entramos o ano de 2024 com boas expectativas sobre a capacidade da companhia em realizar grandes avanços operacionais, se alavancando na maturação do seu maior forno, que passou por modernização, e com a expertise de seu novo controlador. O resultado do 2T24 foi uma duro choque de realidade para nossas expectativas, com a companhia mostrando dificuldades em preços e volumes — com um mercado doméstico desafiador e concorrendo com aço chinês — e o novo time de gestão deixando nítido que os desafios eram maiores do que esperávamos.
O resultado do 3T24 começou a trazer os primeiros sinais de melhorias, com o novo controlador conseguindo extrair alguns ganhos de eficiência. O 4T24 reportou as mesmas tendências, com os ganhos de eficiência aparecendo e possibilitando ganhos sólidos nos custos por tonelada.
Os Custos dos Produtos Vendidos/T (CPV/t) apresentou redução de 12% a/a. Os ganhos de eficiência foram responsáveis por R$ 135/t da redução total e mostram que a companhia continua caminhando no caminho certo.
A companhia reportou que os números do 1T25 devem vir melhores. A Usiminas projeta evolução nos ganhos de eficiência e melhora na parte comercial, com crescimento de vendas e mix melhores, ou seja, esperam a redução do CPV/t e uma melhora na Receita/t — o que implicaria em margens melhores.
Entendemos que o caminho ainda é desafiador, já que anos de subinvestimentos deixaram o parque fabril da companhia bastante defasado. Além disso, o atual momento para sua operação de mineração deve ser mais desafiador. No entanto, acreditamos que as movimentações do atual grupo de controle apontam para o caminho certo na tentativa de recuperar a rentabilidade da companhia e torná-la menos suscetível a fatores internos.
Ainda preferimos esperar melhores sinais de preços no mercado interno e melhores sinais de que o atual time de gestão está mais confortável com os ativos que tem em mãos, mas os sinais já são mais animadores. Além de nossas dúvidas, enxergamos hoje a operação da Gerdau — que tem um mercado ligeiramente mais resiliente e mais blindado de importações — negociando em preços bastante atraentes.
Usiminas (USIM5) — Neutro
Preço Alvo | 8,5 |
Preço Atual | 5,71 |
Upside | 49% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 7,09 |
Ações Emitidas (mi) | 1.231 |
Free Float | 65,0% |
Performance
Semana | -5,46% |
Mês | +3,25% |
Ano | +10,66% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.