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A PRIO divulgou na noite desta terça-feira (05) seus resultados referentes ao 3T24.
Como é comum das empresas de óleo & gás, a companhia já havia divulgado seus dados de produção do terceiro trimestre de 2023 A PRIO também apresentou ontem seus dados de outubro (4T24), que trouxeram sinais de melhora após um 3T24 com bastante dificuldades operacionais.
A produção da companhia atingiu 70,3 kb/d no trimestre, uma redução relevante ante o trimestre anterior e o 3T23. A PRIO vem enfrentando problemas operacionais em Frade e Polvo e TBMT, com a companhia precisando de autorizações do Ibama para a realização de manutenções. Graças as maiores dificuldades, o custo de extração da companhia subiu no trimestre e atingiu 9,8 US$/bbl.
Com a redução na produção, menor diluição de custos fixos e preços menores de óleo, a companhia apresentou uma redução em seu EBITDA e, consequentemente, em suas margens.
Em relação a estrutura de capital, tivemos um ligeiro aumento na relação dívida líquida/EBITDA, por conta do resultado operacional pior, conforme comentamos, e uma queima de caixa no período — a companhia pagou US$ 192 milhões como sinal para aquisição de Peregrino e mais US$ 112 milhões de reais em investimentos. Parte desses recursos foram para aquisição de matérias para Wahoo, que não é operacional ainda. Dito isso, esperamos que melhoras operacionais, entrada em operação de Wahoo e adição da participação em Peregrino devem melhorar os resultados da companhia e a geração de caixa.
Conforme temos comentado, imaginávamos que graças a situação confortável de caixa da companhia, seria muito provável alguma aquisição nos próximos trimestres. O que acabou se confirmando com a compra de 40% de Peregrino. E que deve adicionar entre 30-40 kb/d para a companhia.
Além disso, estamos aguardando as últimas aprovações para a PRIO dar início às operações em Wahoo — que depende da aprovação da perfuração do poço, ligação submarina do polo até a FPSO Frade e adequações na própria FPSO. Estamos estimando que o primeiro óleo seja retirado no 1T25 e a produção normalizada do polo deve girar em torno dos 30 kb/d.
Continuamos confiantes com a tese de PRIO. Isso acontece pois: (i) esperamos que os problemas operacionais/licenças sejam resolvidos nos próximos meses, com a produção da companhia se estabilizando; (ii) adição da produção adquirida de Peregrino; (iii) aprovações e início da produção em Wahoo em 2025. Apesar de estarmos construtivos com a tese de PRIO, estamos um pouco mais cautelosos com preços de petróleo para 2025 e, caso a companhia não consiga entregar as melhorias que projetamos, o cenário pode se tornar desafiador.
PRIO (PRIO3) — Compra
Preço Alvo | 55,00 |
Preço Atual | 41,21 |
Upside | 33% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 34 |
Ações Emitidas (mi) | 835 |
Free Float | 68,00% |
Performance
Semana | +0,63% |
Mês | -8,03% |
Ano | -10,51% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.