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A CSN reportou na noite de terça-feira (12) seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2024.
Os números ficaram abaixo do consenso em suas principais unidades de negócio, principalmente em siderurgia. Esperamos uma reação negativa ao resultado da companhia, principalmente porque vimos nas últimas semanas suas concorrentes apresentando melhoras significativas na rentabilidade das suas unidades de siderurgia, coisa que não vimos aqui.
A operação de mineração (CMIN3) apresentou resultados mais fracos graças a redução no preço do minério de ferro e ao aumento do desconto no minério embarcado. A companhia manteve uma boa atividade comercial, que ajudou na diluição de custos e possibilitou um impacto menor em outras linhas do balanço. Apesar dos números mais fracos, a companhia apresentou uma boa evolução em seus custos caixa, que atingiu US$ 19,5/tonelada.
O segmento de siderurgia apresentou melhora tanto em volumes quanto em preços realizados, com uma boa campanha de venda. Apesar da melhora nos preços e volumes, esperávamos uma performance melhor de custos da companhia, com apenas uma parte da melhora de preço se traduzindo em melhoras de margem.
A companhia continua realizando um robusto programa de investimentos nos seus mais diversos ativos que, somado às despesas financeiras, tem impactado a geração de Caixa — que por mais um trimestre ficou no negativo.
No trimestre, a CSN acertou a venda de participação de 11% na CMIN para Itochu Corporation por R$ 4,4 bilhões de reais. A CSN continua como principal acionista da companhia com mais de 68% do negócio e a venda de participação ajuda no processo de desalavancagem da companhia.
Mesmo considerando a entrada do caixa da venda da participação na CMIN, julgamos a estrutura de capital da CSN complexa por conta do alto grau de endividamento e programas volumosos de investimentos planejados para 2025.
Estamos neutros em ambas as companhias. Quanto à CSN Mineração, nossas dúvidas estão mais relacionadas ao cenário macro, com a redução no preço do minério de ferro podendo impactar de maneira relevante a capacidade de geração de caixa da companhia nos próximos anos. Também acreditarmos que os múltiplos em que a companhia negocia hoje não levam em consideração essa possível desaceleração.
Já na CSN, somos neutros pois enxergamos a estrutura de capital desequilibrada ao levar em consideração o cenário desafiador para a unidade de siderurgia, bem como a desaceleração nos resultados de mineração em um momento onde a companhia tem realizado uma campanha de investimentos robusta.
CSN (CSNA3) — Neutro
Preço Alvo | 12,50 |
Preço Atual | 11,08 |
Upside | 13% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 14,72 |
Ações Emitidas (mi) | 1.387 |
Free Float | 48,0% |
Performance
Semana | -9,80% |
Mês | -6,70% |
Ano | -43,60% |
CSN Mineração (CMIN3) — Neutro
Preço Alvo | 5,75 |
Preço Atual | 5,55 |
Upside | 4% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 30 |
Ações Emitidas (mi) | 5.485 |
Free Float | 19,3% |
Performance
Semana | -10,60 |
Mês | -6,60% |
Ano | -29,10% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.