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A CPFL reportou na noite desta quarta-feira (26) seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2024.
Os números divulgados ficaram em linha com o que projetávamos, com as receitas ainda impactadas pelo IGP-M em alguma de suas distribuidoras e pelos menores despachos de energia autorizados pela ONS para suas plantas eólicas. Apesar de tudo isso, as distribuidoras tiveram bons números operacionais e controle do PMSO, o que possibilitou a manutenção de boas margens EBITDA.
Como é costume, a CPFL também anunciou seus dividendos, que vieram ligeiramente acima de nossas projeções, com dividendos propostos de R$ 2,794 por ação.
Em distribuição, como comentado acima, alguma de suas distribuidoras sofreram com reajuste do IGP-M em suas revisões contratuais. Porém, graças a maiores volumes, melhores indicadores de eficiência e uma PMSO crescendo ligeiramente abaixo da inflação, a companhia conseguiu reportar um EBITDA acima do que esperávamos.
A parte de despesas controláveis da companhia mantém um crescimento que julgamos como satisfatórios. Também gostamos da volta da normalidade dos indicadores de inadimplência, que tinham nos chamado atenção nos últimos trimestres.
O braço de geração e transmissão apresentou resultados tímidos graças à continuidade dos menores despachos autorizados pela ONS em suas plantas eólicas, que foram ligeiramente compensado pela maior força dos ventos. Os resultados não foram piores pois a companhia continua com um desempenho muito positivo no controle de despesas.
A companhia continua focada em realizar investimentos no seu braço de distribuição, com 75% dos investimentos realizados no ano indo para esse segmento. Para 2025, a companhia pretende investir mais R$ 6 bilhões, com 80% dos recursos indo para distribuição. Esses investimentos são importantes, já que a companhia consegue trabalhar com seus resultados acima dos mínimos regulatórios — os investimentos, portanto, devem possibilitar no próximo ciclo de revisão tarifária elevações adicionais na tarifa.
Nós continuamos construtivos com a tese de CPFL. Enxergamos a companhia negociando com níveis de retornos projetados interessantes graças a: (i) remuneração dos acionistas; (ii) grandes investimentos realizados na rede própria, que são realizados em taxas que julgamos interessantes; e (iii) renovação de suas concessões graças ao bom desempenho técnico de suas operações.
CPFL (CPFE3) — Compra
Preço Alvo | 40,00 |
Preço Atual | 35,66 |
Upside | 12% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 37,5 |
Ações Emitidas (mi) | 40.813 |
Performance
Semana | +2,21% |
Mês | +5,40% |
Ano | +12,88% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.