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A CPFL reportou na noite de quinta-feira (07) seus resultados referentes ao 3T24.
Entre os números divulgados, tivemos receitas ligeiramente abaixo do que esperávamos graças aos impactos do IGP-M em alguma de suas distribuidoras e aos menores despachos de energia autorizados pela ONS para suas plantas eólicas.
No entanto, as distribuidoras tiveram bons números operacionais e controle do PMSO. Isso possibilitou uma surpresa positiva no EBITDA.
Em distribuição, como comentado acima, alguma de suas distribuidoras sofreram com reajuste do IGP-M em suas revisões contratuais. Porém, graças a maiores volumes, melhores indicadores de eficiência e uma PMSO crescendo ligeiramente acima da inflação, a companhia conseguiu reportar um EBITDA acima do que esperávamos.
A parte de despesas controláveis da companhia mantém um crescimento que consideramos satisfatório, mas porém estamos ligando o alerta para o aumento repentino na inadimplência. Essa dinâmica se acentuou no trimestre e uma parte disso pode ser explicada pela companhia estar impedida de realizar cortes de fornecimento nas cidades atingidas pela tragédia no Sul. Nós vamos esperar essa situação se normalizar para conseguirmos ter uma mensuração mais precisa sobre esse indicador.
O braço de geração e transmissão apresentou resultados tímidos graças a continuidade dos menores despachos autorizados pela ONS em suas plantas eólicas, que foi ligeiramente compensado pela maior força dos ventos. Os resultados não foram piores pois a companhia continua com um desempenho muito positivo no controle de despesas.
A companhia continua focada em realizar investimentos no seu braço de distribuição, com 75% dos investimentos realizados no ano indo para esse segmento. Para 2025, a companhia pretende investir mais R$ 6 bilhões, com 80% dos recursos indo para distribuição. Esses investimentos são importantes já que a companhia consegue trabalhar com seus resultados acima dos mínimos regulatórios — então esses investimentos devem possibilitar no próximo ciclo de revisão tarifária elevações adicionais na tarifa.
Continuamos construtivos com a tese de CPFL pois enxergamos a companhia negociando com níveis de retornos projetados interessantes. Isso acontece graças a alguns fatores: (i) remuneração dos acionistas; (iii) grandes investimentos realizados na rede própria, com taxas que julgamos interessantes; (iv) renovação de suas concessões graças ao bom desempenho técnico de suas operações.
CPFL (CPFE3) — Compra
Preço Alvo | 40,00 |
Preço Atual | 32,92 |
Upside | 22% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 37,5 |
Ações Emitidas (mi) | 1.152 |
Performance
Semana | -0,03% |
Mês | -3,20% |
Ano | -14,52% |