Os Fiagros caíram no gosto dos investidores, especialmente, pessoas físicas. Um estudo da B3, a Bolsa de Valores brasileira, mostra que este perfil corresponde a 98% do volume investido na classe, que passou a marca dos R$2 bilhões.
Além disso, o levantamento ainda revela que desde a sua criação, em 2021, o número de investidores nesta categoria cresceu mais de 400%.
Não é por menos. A criação deste tipo de fundo se deve ao setor no qual está inserido. Responsável por cerca de 27% do PIB brasileiro, o agronegócio tem chamado cada vez mais atenção ao colocar o Brasil como uma potência mundial do setor.
Naturalmente, isso atrai um grande número de pessoas que tentam surfar neste momento. Sobretudo, por conta das facilidades.
O que são Fiagros?
De um modo geral, os Fiagros são bastante parecidos com um dos investimentos mais queridinhos, os fundos imobiliários. Eles investem e pagam dividendos provenientes de alocações em plantas agrícolas e direitos creditórios.
Atualmente, existem cerca de 40 produtos focados neste segmento, que tem distribuído proventos interessantes até aqui.
Contudo, eles são negociados, em grande parte, na bolsa e sofrem com as oscilações naturais do mercado. Em outras palavras, a depender do fundo escolhido, a cota estará sujeita a valorizações e desvalorizações ao longo do tempo.
Neste caso, é preciso que o investidor tenha objetivos bastante claros e compreenda a importância da diversificação de ativos a fim de evitar perdas significativas no mercado.
Por outro lado, algo que chama a atenção nesta classe é a isenção de imposto de renda, assim como ocorre nos fundos imobiliários.
Em valores iniciais, o pagamento de pequenas taxas pode não fazer diferença, mas no longo prazo, pode tomar proporções indesejadas. Portanto, a tributação é sempre algo a ser considerado quando falamos de planejamento financeiro.
Converse com seu assessor para entender se este tipo de investimento combina com seu perfil e se está adequado à carteira.