Os ciclos econômicos são um dos assuntos mais importantes para o investidor. Isto porque eles são responsáveis por boa parte do direcionamento de fluxo de capitais, seja no Brasil ou em qualquer outro país. De forma resumida, compreender como funcionam os ciclos econômicos ajuda a entender para onde vai o dinheiro e como você pode investir melhor.
Para começar, é preciso entender o que são, como funcionam os ciclos econômicos e quais são as suas características.
Ciclos econômicos estão diretamente relacionados com o crédito, uma vez que mudanças nos juros têm efeito direto sobre a atividade econômica de um país.
Quando a taxa básica está baixa, em tese, empréstimos e financiamentos para pessoas e empresas ficam mais baratos. Com isso, é possível haver aumento na oferta de investimentos, empregos e renda. As bolsas de valores, neste caso, tendem a subir uma vez que o aumento na oferta de crédito favorece as companhias e o mercado. E é neste ponto que entram as quatro fases que formam um ciclo.
EXPANSÃO > PICO > CONTRAÇÃO > RECESSÃO
As quatro fases do ciclo econômico
- Expansão
A primeira delas, a expansão, ocorre quando a economia tem forte crescimento, sobretudo na produção de bens, serviços e renda. Aqui, a taxa básica de juros, no geral, é baixa.
- Pico
A segunda fase, o pico, ocorre quando os indicadores atingem níveis máximos e a inflação começa a sofrer um desequilíbrio. Em outras palavras, é quando há uma expansão violenta e a economia se desajusta. Neste ponto, os Bancos Centrais costumam iniciar a discussão sobre a mudança de política monetária.
Leia também: Como funciona o ciclo de juros no Brasil?
Vale ressaltar que os mercados de renda variável não necessariamente sofrerão correções em momentos de crise, mas é importante observar a mudança de cenário em relação aos negócios, que são os grandes responsáveis pela formação das bolsas de valores.
Ainda assim, seja qual for o momento do ciclo, salvo algumas exceções específicas de curto prazo, é bem provável que oportunidades sejam criadas para o investidor. Portanto, é preciso ficar atento e estar bem informado para tomar as melhores decisões.
- Contração
Em seguida, a terceira fase é formada pela contração. Ou seja, quando os agentes econômicos começam a perceber uma diminuição na atividade, com taxa de desemprego em tendência de aumento constante.
- Recessão
A quarta e última é a recessão. É o ponto mais profundo de uma crise macroeconômica, com capacidade produtiva ociosa, níveis de desemprego altos e juros elevados.
Como os ciclos econômicos impactam os investimentos?
Como dissemos acima, mudanças de ciclo e crises costumam gerar problemas, mas também oportunidades de investimentos.
Setores como os de varejo, construção, locação de automóveis, aviação, viagens e commodities estão diretamente relacionados com as questões que comentamos anteriormente.
Por outro lado, existem ainda muitas companhias com receita em dólar, que podem servir como alternativa de proteção caso a economia na qual o investidor está inserido enfrente dificuldades.
Converse com seu assessor de investimentos para definir as melhores oportunidades para seu perfil, levando em consideração o ciclo econômico. Bons negócios!