Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.
No dia a dia do mercado, é muito comum ler e ouvir conteúdos que falam sobre os títulos do tesouro americano e as movimentações deles. Mas como exatamente funcionam esses ativos que afetam o fluxo de capitais do mundo inteiro? Em primeiro lugar, é importante dar uma breve explicação para quem não está familiarizado com o assunto.
Conhecidos também como ‘treasuries’, esses papéis são emitidos pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e servem como instrumento da dívida pública americana. Eles são utilizados como fonte de financiamento de gastos do governo.
É importante ter atenção ao funcionamento deste tipo de ativo, uma vez que pode ser um tanto complexo ao primeiro olhar. Por isso, como sempre falo, é importante ter um(a) especialista em investimentos te auxiliando para garantir que combina com seu perfil de investidor(a) e se será adequado à sua carteira.
Contudo, por estar atrelado à maior economia do planeta, esse tipo de investimento é considerado um dos mais seguros do mundo. Ou seja, uma ótima alternativa para quem quer ter uma parte da carteira exposta ao dólar.
Isto porque, quando emitidos, esses títulos são oferecidos por meio de ofertas competitivas ou não competitivas. O que isso significa? No primeiro caso, o(a) investidor estabelece o rendimento que deseja e o governo pode aceitar esta proposta ou não. No segundo, o(a) investidor(a) simplesmente aceita a rentabilidade oferecida pelo emissor.
As opções disponíveis podem fazer parte de uma estratégia de curto prazo, com as Treasury Bills, médio prazo, com as Treasury Notes e longo, com as Treasury Bonds. Existem ainda as TIPS, Treasury Inflation Protected Securities, que estão vinculadas ao CPI, índice de preços ao consumidor americano.
Como um brasileiro pode investir nesta classe?
Uma das formas é por meio de uma corretora norte-americana. Com os documentos necessários (ter passaporte é um facilitador), é possível abrir a conta como estrangeiro não-residente. Contudo, para investir desta forma é preciso fazer a conversão cambial antes de enviar o dinheiro para o exterior, o que nem sempre é barato.
Uma outra opção é através de uma conta de investimentos brasileira. Hoje existem ETFs e fundos que oferecem a possibilidade de exposição a este tipo de investimento. Seja lá a forma que você vai escolher, lembre-se sempre de buscar orientação profissional. Bons negócios!