Aprender a investir é uma tarefa complicada: existem diversas classes de ativos, cada uma com sua característica, seu risco, seus modelos de tributação, entre outras milhares de pequenas diferenças.
Aqui no site da Monte Bravo você pode aprender cada uma delas, mas você certamente pode estar pensando: será que não existe um jeito de deixar alguém mais entendido fazer isso por mim?
A resposta é sim. Existem diversas alternativas, como uma assessoria de investimento. É com uma empresa especialista que as suas perguntas serão respondidas e melhor direcionadas. Há também como investir por conta própria, apesar de ser bem complicado para quem ainda é leigo no assunto.
Fazendo uma analogia, um fundo de investimento é como um “condomínio”: você tem uma cota daquele fundo, onde o síndico (no caso do fundo, o administrador) decide como vai ser investido o dinheiro de todos os condôminos de acordo com as regras daquele condomínio.
Parece bom, não é mesmo? E de fato é – mas como tudo no mercado de investimentos, há suas próprias características, seus riscos e, mesmo com um especialista, demanda alguns cuidados na ponta de quem ingressa num fundo.
Vamos entender mais profundamente como funcionam os fundos de investimento.
Assuntos presentes nesse texto
O que são fundos de investimento?
O fundo de investimento é uma modalidade de investimento coletivo. Através de um fundo de investimento, um grupo de pessoas reúne recursos que são consolidados e investidos por um administrador, que é remunerado pelo serviço prestado a esse grupo.
Um fundo de investimento pode se especializar em classes específicas de ativos, como por exemplo renda-fixa ou ações, ou atuar em diferentes tipos de mercado, como os fundos multimercado.
Os fundos de investimento são organizados e distribuídos por bancos e corretoras de valores. Além da diferença entre os ativos que compõem os fundos, eles podem ser diferentes em outros quesitos como taxas de administração, possibilidade de resgate de cotas e outros mais.
Como é padrão no mercado de investimentos, a atividade dos fundos de investimentos é regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A instrução que regula os fundos de investimento é a Instrução CVM 555.
Como funcionam os fundos de investimento?
Como as combinações entre classes de ativos que compõem um fundo pode ser muito diferente entre dois grupos, fundos de investimento sempre terão uma variedade muito grande entre si. No entanto, algumas regras comuns deverão ser respeitadas em todos os fundos.
Limitação de investimentos
Primeiro, a depender da sua constituição, um fundo nunca poderá exceder uma porcentagem limitada previamente de um mesmo ativo, em relação ao seu patrimônio líquido, exceto em títulos emitidos pela União.
Isso quer dizer que um fundo não poderá ser composto, por exemplo, uma única ação de uma companhia ou um título privado. Entretanto, ele não é limitado na sua aplicação em Tesouro Direto, por exemplo.
Esses limites variam de acordo com a característica do emissor da ação ou título. Em relação ao patrimônio líquido total do fundo, ele não pode concentrar num mesmo ativo as seguintes porcentagens:
- até 20% quando o emissor é instituição financeira autorizada a funcionar pelo BACEN (Banco Central). Em linhas gerais, estamos falando de ações e títulos de bancos, que compõem a maior parte dos ativos que podemos classificar nesse recorte;
- até 10% quando o emissor é companhia de capital aberto. Estamos falando de empresas com ações negociadas em bolsa de valores;
- até 10% quando o emissor é fundo de investimento. Essa regra é direcionada para fundos que compram cotas em outros fundos, impondo um teto para cada ativo desse tipo;
- até 5% de outros emissores não listados acima. Nesse caso, pode ser investimentos em empresas de capital fechado e outros muitos tipos de investimentos.
Estruturação por cotas
Segundo, um fundo de investimento é organizado através de divisão de cotas. Quando você está investindo num ativo desse tipo, na realidade você está comprando cotas.
Por exemplo, um fundo tem 1 milhão em valor investido e é dividido em 1.000 cotas, cada uma no valor de R$ 1.000. Ao investir R$ 10 mil, você estaria adquirindo 10 das 1.000 cotas. Na prática, é um pouco mais complicado pois pode ter entradas e saídas, mas a ideia geral é essa.
As cotas também são a referência para você entender a valorização e desvalorização do seu pedaço daquele fundo. Se sua cota valia R$ 1.000 e passa a valer R$ 1.500, houve uma valorização do seu investimento.
Também é a partir das cotas que é estabelecida a tributação do seu investimento, como detalharemos mais abaixo. Existe também um mecanismo conhecido como come-cotas, que nada mais é do que a antecipação do recolhimento do IR, que também explicaremos mais abaixo.
Custos de administração
Terceiro, um fundo de investimento conta com uma estrutura de administração profissional, o que gera custos para os seus investidores. Legalmente, a estrutura de um fundo requer o cumprimento de papéis como esses:
- O gestor, que é responsável por decidir como investir os recursos do fundo, de acordo com a política de investimentos e os objetivos daquele fundo. Alguns fundos incluem metas de rentabilidade que, caso batidas, geram bonificações para o gestor;
- O administrador, que nada mais é do que a instituição financeira que gerencia o fundo, definindo as características desse fundo específico. A responsabilidade do administrador é manter o funcionamento do fundo, executando todos os serviços necessários para esse fim;
- O auditor, que confere e garante que todas as contas do fundo estejam corretas. É uma das exigências da CVM para que um fundo exista.
Entre outros. Todas essa estrutura gera um custo, conhecido como taxa de administração. Detalharemos a questão taxa de administração mais abaixo.
Cotas, come-cotas e taxa de administração
Como falamos a cota de um fundo de investimento é uma fração dele. Quando somadas todas as cotas, tem-se o valor do patrimônio de um fundo. Portanto, o valor de apenas uma cota é o resultado da divisão do valor do patrimônio total pelo número de cotas.
Quando alguém investe em um fundo de investimentos, essa pessoa está adquirindo cotas desse fundo. A quantidade de cotas de um investidor não é alterada, a não ser em situações específicas.
O valor das cotas muda todos os dias, de acordo com a performance do fundo. Cabe ao administrador do fundo informar aos investidores o valor da cota. Então, para saber seu rendimento, basta multiplicar o número de cotas que você tem pelo valor dela naquele dia.
Come-cotas
A quantidade de cotas do investidor só é alterada se ele fizer um resgate, uma nova aplicação (ou seja, adquirir mais cotas) ou se ocorrer o “come-cotas”.
O “come-cotas” nada mais é do que quando o governo recolhe, com antecedência, uma parte do Imposto de Renda sobre os seus ganhos. Para tal, ele fica com parte de suas cotas, portanto o número de cotas que você tem diminui. Esse evento costuma acontecer semestralmente.
Em outros tipos de investimento, como ações da Bolsa de Valores, o IR só é descontado no momento do resgate. Portanto, é bom estar atento com isso ao comprar esse tipo de ativo.
Taxa de administração
Já a taxa de administração é o valor cobrado pelo fundo para custear as atividades relacionadas a ele. Ela é uma porcentagem em cima do valor da cota, descontada mensalmente desse valor.
Por exemplo, imagine que você ingresse num fundo com taxa de administração de 1,2% ao ano. Como ela ocorre mensalmente, a taxa é dividida por 12 meses – nesse caso, 0,1% ao mês. Esse 0,1% é descontado do valor da sua cota, ela tendo valorizado ou não nesse período.
Esse é outro fator determinante ao comprar esse tipo de ativo. É importante avaliar bem o impacto desse custo nos seus retornos e entender se faz sentido para o seu caso.
Tipos de fundos de investimento
Existem diferentes tipos de fundo de investimento, com objetivos de rentabilidade, prazos e variedade dos ativos diferentes. Portanto, antes de escolher o fundo em que vai investir, é preciso também pensar no tipo de fundo.
Como outros tipos de investimento, existem fundos para diversos tipos de investidores. Vamos apresentar os principais tipos de fundo de investimento para você escolher o que mais se encaixa na sua carteira e nos seus objetivos:
Fundos de Renda Fixa
Nesse tipo de fundo, a maior parte (80% dele) é composta por investimentos de renda fixa, sejam eles pré ou pós fixados.
O restante (20%) do fundo de renda fixa é investido em outros ativos com o objetivo de aumentar o rendimento do fundo.
Por se tratar de renda fixa, esse tipo de fundo é indicado para quem é mais conservador. Ou seja, prefere investimentos que talvez não sejam tão rentáveis quanto outras opções, mas garantem mais segurança.
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Fundos de ações
Esse tipo de fundos, como diz o nome, tem a maior parte do patrimônio em ações, cotas de outros fundos de ações ou outros ativos que são relacionados ao mercado de ações.
Portanto, a rentabilidade desse tipo de fundo vai variar de acordo as ações escolhidas. Se os papéis são valorizados, o valor das cotas deste fundo também.
Os fundos de ações podem ser ativos – quando os papéis que dele fazem parte são escolhidos com base em análises feitas pelo gestor; ou podem ser passivos – quando a rentabilidade das ações é atrelada a algum índice, geralmente o Ibovespa.
Como investir em ações, esse tipo de fundo é indicado para investidores mais arrojados, que aceitam mais riscos em troca de uma possibilidade de rentabilidade maior.
Fundos Referenciados
Esse fundo utiliza um benchmark como objetivo de rendimento, ou seja, como meta. Portanto, a maior parte dele – 95% – é composta de ativos que são ligados a essa referência.
Os fundos DI, que são referenciados pelo CDI, são encontrados nesse tipo de fundo.
Fundos multimercados
Esse tipo de fundo é bastante diversificado, pois é composta de diferentes tipos de ativos. Por exemplo, títulos de renda fixa, ações e moedas.
Ele agrega opções de renda fixa e renda variável, equilibrando a rentabilidade. Por isso, é uma boa opção para o investidor moderado.
Fundos Imobiliários
Esses fundos são uma opção para investir no mercado imobiliário sem, de fato, precisar ter um imóvel físico. Nele, você tem “pequenas partes” de imóveis.
Assim, se os imóveis escolhidos são valorizados, o fundo também é. Além disso, o fundo recebe como renda sua proporção dos aluguéis dos imóveis, gerando renda passiva para o investidor.
O administrador do fundo de investimento
O administrador nada mais é do que a empresa que gerencia e controla o fundo. Ou seja, é a empresa responsável por criar e disponibilizar o regulamento do fundo, onde são estabelecidas as regras, objetivos e qual vai ser a política de investimento adotada nele.
O administrador do fundo deve ser uma pessoa jurídica autorizada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) a exercer a administração de carteiras de valores imobiliários. Antes de investir em um fundo, certifique-se de que a administradora está legalmente autorizada a atuar.
Como é a empresa que administra o fundo, é responsável por diversas funções ligadas direta ou indiretamente ao funcionamento e manutenção do fundo, tais como garantir que o gestor realize seu trabalho, a administração das cotas, a questão tributária, entre muitas outras.
Em suma, é o administrador que cuidará do dia a dia do fundo de investimento. E isso inclui gerenciar os funcionários envolvidos nele, como o gestor, e garantir os direitos dos cotistas. Atividades de tesouraria também estão de incumbência do administrador. É ele quem vai fazer o fundo funcionar.
Portanto, é preciso escolher uma empresa de confiança e conhecimento de mercado. A Monte Bravo está entre as 3 maiores empresas de investimento do país e oferece aos investidores as melhores opções de acordo com os objetivos de cada um. Invista em um fundo de investimento com a Monte Bravo.
Como investir em um fundo de investimento?
Primeiramente você precisa escolher em qual ou quais tipos de fundo quer investir. Para isso, conte com a ajuda da Monte Bravo para escolher os tipos mais adequados à sua carteira de investimento.
Depois, basta criar sua conta conosco e escolher o valor que irá investir no fundo, ou seja, quantas cotas irá ter dentro do fundo. Sempre pensando nos seus objetivos e no planejamento financeiro.
Após essas definições, basta confirmar o investimento e a administradora do fundo irá passar todas as informações importantes sobre a aquisição de suas cotas.
Tributação de fundos de investimentos
A alíquota do Imposto de Renda (IR) em fundos de investimento vai variar de acordo com o tipo de fundo. Afinal, ela incide sobre o total do rendimento das aplicações.
Tirando os fundos de ações, que tem uma particularidade que vamos explicar logo abaixo, os fundos sofrem dedução em dois momentos no ano – o que já explicamos aqui e é chamado de come-cotas. Assim, ela é incidida diretamente na cota dos investidores.
O IR pode variar de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo da aplicação do dinheiro.
IR nos fundos de longo prazo
Tempo de permanência | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 361 a 720 dias | 17,5% |
Acima de 720 dias | 15% |
IR nos fundos de curto prazo
Tempo de permanência | Alíquota |
Até 180 dias | 22,5% |
Acima de 180 dias | 20% |
Já os fundos de investimento de ações têm uma tributação fixa do IR de 15% sobre o lucro total do investidor, que é descontada apenas no momento do resgate do dinheiro.
Riscos e vantagens de fundos de investimento
A princípio, os riscos dos fundos de investimentos, em grande parte, estão associados ao tipo de ativos que compõem o fundo. Já que serão a maior parte dele, o que o compõem será o que garantirá, ou não, a rentabilidade do fundo.
No geral, os fundos apresentam riscos de:
- mercado: está diretamente ligado ao tipo de fundo e à volatilidade dos ativos dele. Tem a ver com a valorização ou desvalorização desses ativos, que vai depender de inúmeros fatores;
- crédito: ou seja, não receber o valor do rendimento por conta de não pagamento por parte da instituição para quem se “empresta o dinheiro” do ativo do fundo. Por exemplo, se você investir em um fundo que investe em ativos de crédito privado – e o banco desses ativos falir, você pode não receber o dinheiro esperado.
- liquidez: o risco de não conseguir vender os ativos por um preço adequado quando deseja o fazer.
- operacional: esse risco está relacionado com o funcionamento do fundo em si. Ou seja, da capacidade do administrador operar o fundo legalmente e de maneira eficiente para os cotistas.
Em sua, a relação às vantagens do fundo de investimento deve-se destacar a facilidade em diversificar os investimentos. Como o investidor não precisa ter profundo conhecimento sobre os ativos do fundo – já que o gestor irá escolher as melhores opções dele – é possível diversificar com mais facilidade.
Por exemplo, é possível que você fique receoso em investir por si mesmo em ações. Mas investir em um fundo de ações irá garantir mais confiança.
Além disso, é possível acompanhar a rentabilidade com facilidade – já que o administrador tem o dever de passar informações relevantes sobre o investimento aos cotistas. Ou seja, você contará com o apoio de especialistas naquele determinado tipo de ativo para orientar sua carteira.
Se interessou pelos fundos de investimentos? Conte com a Monte Bravo para escolher a melhor opção para você. Entre em contato conosco.
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