Em meio ao colapso na saúde, como ficam os investidores e a economia?

Em meio ao colapso no sistema de saúde, como ficam os investidores e a economia?

12/03/2021 às 11:34

12

Sexta

Mar

2 minutos de leitura
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Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.

Durante a última semana, um dos pontos que mais chamaram a atenção foi o aumento do número de casos de coronavírus. O Brasil registrou um recorde de mortes: foram mais de 2 mil pessoas vítimas da doença.

E as perspectivas não são nada boas.

Diante deste cenário caótico, governadores de Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul anunciaram novamente regras de restrições mais rígidas.

Em meio ao colapso no sistema de saúde, como ficam os investidores e a economia? É sobre isso que iremos falar no artigo de hoje.

Em primeiro lugar, vale destacar um pouco do racional por trás da cabeça dos gestores. Via de regra, empresas de investimentos alocam recursos ou indicam ativos de economias com boas perspectivas de crescimento. Infelizmente não é o caso do Brasil neste momento.

Muitos agentes de mercado já enxergam o lockdown como inevitável no curto e médio prazo, o que sem dúvida vai atrapalhar o desenvolvimento da economia real, que é refletida em nossa bolsa de valores.

Com isso, os riscos aumentam, as empresas listadas passam a valer menos e os prêmios exigidos passam a ser cada vez maiores, inclusive no mercado de juros.

Neste movimento, pode haver fuga de capital estrangeiro do país fazendo com que o real fique ainda mais depreciado em relação ao dólar, algo que reflete, e muito, na inflação.

Além disso, os investidores tendem a buscar ativos de países com perspectivas de recuperação melhores (e com condições mais favoráveis para enfrentar crises), como Estados Unidos e China.

É claro que a situação envolve uma série de outras questões complexas, mas o que eu pretendo, com este texto, é trazer o olhar de quem vivencia o mercado no dia a dia e dar um norte para quem quer investir.

Tudo bem, Rebeca, mas o que o investidor deve fazer neste momento?

Como eu já ressaltei aqui em diversos artigos, diversificação é a palavra da vez. Mas não qualquer tipo de diversificação, pois talvez não faça sentido investir o seu dinheiro em diversas companhias listadas na bolsa brasileira, por exemplo.

Neste momento, aplicações que refletem os mercados internacionais podem valer mais a pena. Fundos cambiais, BDRs, ETFs e contratos de dólar são alguns exemplos disso.

Se você tem dúvidas ou sabe pouco sobre esses ativos, não deixe de procurar ajuda profissional. Algumas modalidades podem embutir grande risco e é preciso conhecer a natureza de cada uma delas para não comprometer o seu futuro financeiro.

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