Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.
Nesta semana completamos 20 dias sem Donald Trump à frente da maior economia do mundo.
Joe Biden assumiu o executivo dos Estados Unidos em meio a um tumulto causado pelo ex-presidente e, somente nos três primeiros dias de governo, assinou mais de 30 documentos, entre ordens executivas, memorandos presidenciais e diretivas para agências federais.
Em meio a tantas mudanças, o que os investidores podem esperar da economia e dos investimentos nos primeiros 100 dias sem Trump? É sobre isso que iremos tratar na coluna de hoje.
Os rumos para a economia dos EUA
Durante webinar promovido pela Monte Bravo durante a semana passada, o diretor da gestora Franklin Templeton, Marcus Vinicius Gonçalves, trouxe algumas respostas para as perguntas acima que eu gostaria de compartilhar com vocês no artigo de hoje.
No início da conversa, ele destacou que o poder legislativo americano conta com dispositivos que favorecem a aprovação rápida de propostas que envolvam questões orçamentárias.
Além disso, ressaltou que a composição das casas dos poderes (Câmara e Senado) favorece a novas medidas fiscais, entre elas, o tão comentado pacote de US$ 1,9 trilhão.
Ao todo, os recursos já disponibilizados totalizam cerca de 15% do PIB dos Estados Unidos. De acordo com Vinicius, o grande problema não é necessariamente conceder o dinheiro, mas estabelecê-lo aos cofres do tesouro no futuro.
Os incentivos fiscais do governo Biden
Entre outros pontos, ele também comentou a visão da gestora sobre a economia americana e o papel dos benefícios concedidos para as famílias e empresas.
Em tese, os estímulos ajudaram a sanar as contas, o que deve se traduzir em crescimento. E ressaltou que um novo pacote é interessante, mas o mercado é cético e sabe que lá na frente isso pode estourar em forma de inflação e aumento de impostos.
Neste sentido, a tendência é de apreciação no valor de metais preciosos e commodities. Por outro lado, Vinicius também falou da leitura da gestora para a bolsa americana, brasileira (Ibovespa) e a relação entre EUA e China.
Neste último caso, ele ressaltou que talvez o mundo não veja grandes mudanças com Biden no poder e que as tensões devem continuar, mesmo que em tom mais ameno, já que a China caminha para se tornar a maior economia do mundo até meados de 2030. E isso de certa forma incomoda nos Estados Unidos.
No caso do S&P 500, ele destacou um viés positivo causado, em grande parte, pela demanda reprimida e pela campanha de vacinação em massa, algo tratado com grande prioridade pelo atual presidente.
Além disso, como destaquei anteriormente, os auxílios anteriores ajudaram empresas e famílias a equilibrar os orçamentos e isso deve se converter em consumo.
E o Brasil, como fica?
Por fim, falando de Brasil, o lado fiscal novamente aparece como driver fundamental para o crescimento da economia. A visão, neste caso, é positiva caso o país faça a sua lição de casa, pois o número de investidores vem crescendo ano após ano e as empresas prepararam o terreno, melhorando a qualidade de endividamento e buscando oportunidades no mercado.
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que provavelmente teremos um novo pacote de auxílio para os informais.
Isto não é necessariamente um problema desde que as reformas sejam colocadas em andamento e existam contrapartidas que ajudem a equilibrar as contas públicas. Vamos aguardar os novos desdobramentos.
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