Já falamos por aqui sobre a importância de, relacionando a um projeto de diversificação de carteira, investir em fundos imobiliários (também chamados de FIIs).
Pois saiba que existe um índice específico para aferir o desempenho destes títulos, chamado de IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), sobre o qual falaremos melhor neste post.
Relembre como funcionam os investimentos em FIIs
Nesta modalidade, os investidores patrocinam fundos que têm como objetivo viabilizar projetos imobiliários. Imagine-se, indiretamente, investindo em um projeto de shopping center ou um edifício corporativo, por exemplo.
Para investir em fundos imobiliários, o interessado abre uma conta em uma corretora de valores que negocia esses papéis e então escolhe o melhor fundo para aplicar seu dinheiro, por meio de cotas negociadas no mercado.
E onde entra o IFIX?
Esses ativos são vendidos pela B3, a Bolsa de Valores do Brasil. E é na B3 que o IFIX está contido, justamente para monitorar a trajetória simultânea dos principais fundos imobiliários negociados e da rentabilidades auferida e distribuída entre os investidores.
Ou, na definição da B3:
Atenção ao termo “teórica”: trata-se de um índice financeiro que projeta a performance dos fundos imobiliários, e que portanto não é um investimento em si. Não é possível, por sua vez, “investir em IFIX”. A frase mais correta talvez seja “investir em FIIs e acompanhar o IFIX”.
Pois bem, e como tem sido a evolução do IFIX no comparativo com a Ibovespa – principal indicador que acompanha o desempenho médio das ações negociadas na B3?
A princípio, trata-se de uma comparação um pouco artificial, porque estamos falando, de um lado, de um índice específico, e de outro, de um índice geral. Portanto, seria uma comparação entre parâmetros incomparáveis.
De todo modo, é possível traçar alguns pontos de convergência e dissonância, caso o investidor esteja tentando optar por investir em ações ou em fundos imobiliários.
Quais são as diferenças entre o IFIX e o Ibovespa?
Em um aspecto geral, a Ibovespa sempre oscila mais, pois está mais sujeita aos humores do mercado – as notícias de Brasília e do mundo, a conjuntura macroeconômica, o desempenho expressivo ou a derrocada imprevisível de uma empresa na Bolsa.
Por isso, o Ibovespa persegue e percebe mais as oscilações do mercado. Já os fundos imobiliários também sentem tudo isso, mas normalmente tanto a queda quanto a recuperação é mais lenta.
Por isso, os FIIs são um pouco mais previsíveis e, aliás, andaram em evidência: com a política de juros baixos determinada e mantida pelo Banco Central, os investimentos imobiliários cresceram de maneira vertiginosa no Brasil.
Mas aí veio a pandemia e, como tudo, os fundos imobiliários também sentiram. O ramo imobiliário de grande porte foi afetado – algumas construtoras chegaram a reprogramar lançamentos, temendo novos fechamentos de shoppings e edifícios empresariais e comerciais.
E a retomada também demora a ser percebida, porque são estes os segmentos que mais vão demorar para alcançar a normalidade a plenos pulmões.
O que fazer?
Isso não significa que os FIIs deixaram de ser vantajosos. A liquidez segue um atrativo expressivo e os investimentos represados durante a pandemia devem impulsionar novamente o IFIX já no curto prazo.
Já o Ibovespa viveu meses de montanha-russa na pandemia, até reencontrar o eixo entre o fim de 2020 e o início de 2021 – a possibilidade de imunização de parte da população global reanimou a economia, apesar dos sobressaltos tão rotineiros da política mundial.
O fluxo de capital estrangeiro que volta a aportar no Brasil no pós-pandemia e a valorização da moeda nacional começam a pavimentar um cenário favorável no mercado de ações, o que faz do Ibovespa um indicador em viés de alta.
Mas, como mencionamos, não há razões para descartar os fundos imobiliários e nem para imaginar um céu de brigadeiro na B3 daqui em diante. Uma boa assessoria pode ajudá-lo a dar passos firmes em direção à rentabilidade almejada na renda variável.
E a Monte Bravo tem o time ideal de assessores que vão qualificar sua carteira a partir de seus projetos pessoais e seu perfil de investimento.
Mesmo porque, no mercado financeiro, tudo é possível e tudo pode ser rentável. Só é preciso fazer a coisa certa.