Por Rebeca Nevares, Sócia da Monte Bravo.
Durante a semana muito se falou no lançamento da nova plataforma de streaming, a Disney+. Acredito que grande parte das pessoas que estão lendo esse artigo tenham algum tipo de memória afetiva com os filmes da gigante americana do entretenimento.
Como eu tenho uma filha de cinco anos, não pude deixar de dar uma espiada nos conteúdos disponíveis. E realmente me deparei com várias coisas da minha infância, mas uma história me chamou a atenção: o filme “A Princesa e o Sapo“.
Para quem não sabe, a Tiana, protagonista do filme, é uma cozinheira nata e sonha, desde a infância, em abrir um restaurante com o pai, um homem gentil que acreditava que a comida unia as pessoas independentemente da classe social.
Infelizmente, ela não consegue seguir ao lado do pai, mas ainda assim se recusa a abrir mão de seu propósito.
Ao longo da história, o que mais chama a atenção é a determinação da menina. Ela traça um objetivo e trabalha duro, às vezes virando a madrugada, até juntar o dinheiro necessário para atingir a sua meta de ter um negócio próprio.
“Tudo bem, Rebeca, mas o que isso tem a ver com o mercado?”.
Calma que eu já vou explicar.
Tiana olhou para as suas finanças e chegou à conclusão de quanto deveria poupar para abrir o restaurante. Algo parecido com o que os investidores de value investing praticam.
Eles não costumam se preocupar com as oscilações diárias do mercado, já que o foco deles está no longo prazo. Se olharmos para o perfil de investidora dela, diremos que é algo entre moderado e agressivo, já que, de certa forma, ela aposta tudo no restaurante, ou seja, em apenas um ativo.
Mas e as outras? Bom, a Tiana vem de uma estirpe de heroínas com traços feministas bem definidos.
Ela luta pelo que quer e ponto! No mesmo time, podemos incluir a Bela, de A Bela e a Fera, que aceita viver em um castelo com um monstro, mas acaba sendo recompensada quando o feitiço é quebrado e surge um príncipe ao seu lado. Sem dúvida, um investimento bastante arriscado!
Por outro lado, Branca de Neve segue um padrão, até pela época na qual o filme foi lançado (meados de 1937), de moça linda, submissa, romântica e pura. Ao seu lado, podemos incluir personagens como Cinderela e Bela Adormecida.
Em todos os casos, elas são vítimas de pessoas más e passam por poucas e boas antes de encontrar o final feliz.
Fazendo uma analogia com o universo dos investimentos, eu diria que as três têm um perfil conservador e acabam, de certa maneira, pagando por isso.
Se você é mulher e está lendo este artigo, faça a sua escolha: você prefere ser a Tiana ou a Branca de Neve? Vale a reflexão!
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