- As tarifas impostas por Trump foram mais severas e abrangentes do que o esperado;
- Se não revertidas, as tarifas podem levar a uma recessão nos EUA e no mundo;
- Brasil tem posição relativamente confortável, mas intensificação do conflito com a China nos afeta indiretamente.
Março foi marcado pelo aumento do risco de recessão nos EUA diante da incerteza sobre as tarifas, o que impactou as ações e gerou um fluxo de saída do dólar.
A administração Trump é a principal fonte de volatilidade dos mercados. A percepção de tarifas elevadas, somada à conduta agressiva contra aliados, levou o mercado a temer uma desaceleração mais forte da economia americana.
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Este quadro resultou em um movimento defensivo com queda das ações, recuo dos juros nos EUA e enfraquecimento global do dólar. Este quadro contribuiu para recuperação dos preços dos ativos brasileiros no mês de março, mas, após a intensificação da crise no início de abril, os ativos domésticos passaram a acompanhar a tendência global de aversão a risco.
Embora a volatilidade nunca seja confortável, recomendamos que os investidores mantenham o foco em suas estratégias de longo prazo, com ênfase em qualidade e diversificação. Evite decisões precipitadas movidas por emoções, pois estar exposto ao mercado ao longo do tempo tem se mostrado uma estratégia mais eficaz do que tentar acertar o momento certo de entrar ou sair.