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Mercados
Os mercados globais ensaiam uma recuperação nesta terça-feira (08), com investidores buscando oportunidades após a sequência negativa provocada pelas tarifas do presidente Donald Trump.
O movimento gerou temores de uma guerra comercial global, com diversos países prometendo retaliar os EUA. A China reagiu na sexta-feira (04) com tarifas de 34,0% sobre produtos norte-americanos.
Especulações de segunda-feira (07) sobre uma possível pausa tarifária foram rapidamente desmentidas pela Casa Branca. Enquanto isso, Trump ameaçou elevar em mais 50% as tarifas contra a China caso Pequim não recue das medidas de retaliação.
A taxa de juros do Treasury de 10 anos voltou a superar o patamar de 4,00% na ontem. O papel subiu cerca de 18 pontos base e agora está em 4,17%. O título de 2 anos opera a 3,75%.
O dólar dos EUA cai, enquanto euro, iene japonês e franco suíço avançam, refletindo uma demanda por ativos de proteção em um contexto de investidores preocupados com o risco de recessão global. O índice DXY, que mede a moeda americana frente a uma cesta de seis pares, recua 0,30%, a 103,11 pontos.
O yuan chinês atingiu seu nível mais fraco desde 2023, após o banco central afrouxar o controle sobre a moeda. A medida alimentou especulações de que Pequim pode permitir uma desvalorização mais acentuada do renminbi para compensar os efeitos negativos da deterioração do cenário comercial.
O ouro sobe nesta terça, com o ouro à vista em alta de 0,80%, cotado a US$ 3.005,21 por onça. Os preços do petróleo operam estáveis nesta hoje, mas ainda próximos das mínimas em quatro anos. Os contratos futuros do Brent avançavam US$ 0,13, ou 0,20%, a US$ 64,34 o barril.
Os mercados asiáticos fecharam em alta nesta terça-feira, com recuperação após perdas na sessão anterior. O Nikkei 225 do Japão subiu 6,03%, o índice Hang Seng de Hong Kong avançou, e o CSI 300 da China continental ganhou 1,71%. As bolsas europeias operam em alta, revertendo uma sequência de quatro pregões de queda, alimentada pelas crescentes tensões tarifárias globais. O índice STOXX 600, que reúne ações de todo o continente, subia cerca de 1,20%. Ontem, o Ibovespa caiu 1,31%, aos 125.588,09 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 1,30%, a R$ 5,9106.
Economia
China: Após fortes quedas nos mercados na segunda-feira, empresas estatais chinesas iniciaram ações coordenadas para sustentar os preços das ações. A Central Huijin, braço do fundo soberano China Investment, anunciou a compra adicional de ETFs como sinal de confiança, sendo apoiada pelo banco central chinês. Outras entidades também adotaram medidas semelhantes.
Além disso, a gigante estatal de petróleo Sinopec revelou um plano de recompra de ações entre US$ 273 milhões e US$ 409 milhões. Outras empresas estatais seguiram o exemplo, lançando programas de recompra com o objetivo de estabilizar o mercado e reforçar a confiança dos investidores.
EUA: O otimismo entre as pequenas empresas nos EUA recuou fortemente em março, com o índice da NFIB caindo 3,3 pontos para 97,4 — o pior resultado desde junho de 2022 e abaixo da expectativa de 99,0 pontos. A queda reflete preocupações com as condições de negócios e vendas, influenciadas pelas tarifas implementadas na era Trump. Sete dos dez componentes do índice apresentaram recuo, indicando um cenário mais cauteloso entre os empresários.
A perspectiva para os próximos seis meses teve uma queda acentuada de 16 pontos, a maior desde dezembro de 2020, enquanto o componente de vendas reais encolheu 11 pontos em ante fevereiro. A intenção de contratar também diminuiu, sinalizando incertezas crescentes sobre os impactos das tarifas nas finanças das empresas e na economia em geral.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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