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Mercados
Os mercados globais seguem caindo com força nesta segunda-feira (07). Nas duas sessões seguintes ao anúncio tarifário, as bolsas globais perderam US$ 7,50 trilhões em valor de mercado. Desse total, US$ 5,90 trilhões foram perdas nos EUA, enquanto US$ 1,60 trilhão nas demais economias.
A elevação de tarifas afeta mais de 180 países, inclusive ilhas habitadas só por pinguins, e estabelece uma tarifa mínima generalizada de 10%. Isso provocou o temor de uma guerra comercial global. Na sexta-feira (04), a China retaliou os EUA com tarifas de 34% sobre produtos americanos e a União Europeia prometeu contra-atacar, caso as negociações fracassem.
O VIX, indicador de volatilidade de Wall Street baseado nos preços de opções do S&P 500, sinalizava níveis extremos de aversão ao risco, disparando para 52,40 em uma alta de 200% no ano. Os contratos futuros do S&P 500 e do NASDAQ-100 recuam cerca de 3%.
Trump comentou no ontem (06) à noite sobre os mercados: “Não quero que nada caia, mas às vezes é preciso tomar um remédio para consertar alguma coisa”.
Apesar do governo americano afirmar que mais de 50 países demonstraram interesse em iniciar negociações, Canadá e União Europeia estariam prontos para seguir os passos da China e anunciar tarifas retaliatórias contra os EUA.
Powell afirmou que as tarifas aumentam o risco de inflação mais alta mesmo com menor crescimento e ressaltou os desafios à frente para o Fed.
O mercado, porém, está precificando cortes, inclusive especulando que poderia vir antes da próxima reunião — o que consideramos improvável. As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA voltam a cair nesta segunda-feira. O juro da Treasury de 10 anos recuou para 3,98%, enquanto a taxa do papel de 2 anos cai 9 pontos base, para 3,57% — menor nível desde setembro de 2022.
O índice do dólar (DXY), que compara a moeda americana ante uma cesta de seis divisas relevantes, havia desabado 1,90% na quinta-feira (03), em sua pior sessão desde novembro de 2022. Agora, o DXY está em 102,90.
Os preços do ouro caíram para o menor nível em mais de três semanas nesta segunda. O ouro à vista recua 0,30%, cotado a US$ 3.027,90 por onça.
O Bitcoin cai 9,10%, negociado a US$ 76.472,00, tendo recuado 30% desde a máxima histórica de janeiro.
Os preços do petróleo caem mais de 3% nesta segunda-feira, ampliando as perdas da semana passada. Os contratos do Brent recuam US$ 2,28, ou 3,50%, para US$ 63,30 o barril. O WTI cai US$ 2,20, ou 3,60%, para US$ 59,79.
Na Ásia, os mercados encerraram em forte queda. Hong Kong liderou as perdas, com o Hang Seng em queda de 13,22%. Na China continental, o índice CSI 300 recuou 7,05%. O Nikkei 225, do Japão, caiu 7,83% e atingiu sua mínima de 18 meses.
As bolsas europeias abriram em forte queda nesta segunda, aprofundando o movimento global. O índice pan-europeu STOXX 600 recua cerca de 5%, enquanto o DAX da Alemanha cai 5,60%, após ter chegado a recuar 10% no início do dia.
Na sexta-feira, por aqui o Ibovespa registrou forte queda de 2,96%, aos 127.256 pontos. O dólar à vista fechou em forte alta de 3,68%, a R$ 5,8350.
Os próximos passos da Guerra Comercial serão decisivos para avaliar as perspectivas da economia global. Embora a volatilidade nunca seja confortável, recomendamos que os investidores mantenham o foco em suas estratégias de longo prazo, com ênfase em qualidade e diversificação.
Evite decisões precipitadas movidas por emoções, e lembre-se de que estar exposto ao mercado ao longo do tempo tem se mostrado uma estratégia mais eficaz do que tentar acertar o momento certo de entrar ou sair.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (04/04/2025):
- IPCA/2025 ficou estável em 5,65%, enquanto o IPCA/2026 ficou estável em 4,50%
- PIB/2025 ficou estável em 1,97%, enquanto o PIB/2026 ficou estável em 1,60%;
- Dólar/2025 caiu de R$ 5,92 para R$ 5,90, enquanto o Dólar/2026 caiu de R$ 6,00 para R$ 5,99;
- Selic/25 ficou estável em 15,00% a.a., enquanto a Selic/2026 ficou estável em 12,50% a.a.;
- Primário/25 ficou estável em -0,60%, enquanto Primário/26 ficou estável em -0,70%.
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Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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