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Mercados
Os futuros americanos estão operando próximos da estabilidade na manhã de hoje, com o mercado ainda operando de maneira cautelosa enquanto espera novidades sobre qual será a política tarifária implementada pelo Governo Americano no dia 02 de abril, as últimas mensagens têm sido mais positivas, com veículos de mídia informando no final de semana que as políticas poderiam ser um pouco mais brandes e o próprio Presidente Americano afirmando ontem que ele poderia “abrir uma brecha” sobre as tarifas recíprocas. A verdade é que enquanto as medidas não forem realmente apresentadas, o mercado irá operar de maneira volátil, já que especulações atrapalham o processo de formação de preços.
As taxas de juros nos EUA estão abrindo o dia em alta com a taxa de 2 anos atingindo 4,0% e a de 10 anos voltando a operar próxima dos 4,35%.
O DXY está operando próximo da estabilidade, sendo negociado aos 104,26, mantendo um patamar ligeiramente acima do que as últimas semanas, mostrando a resiliência da moeda americana.
Os preços do ouro continuam negociando próximos patamares recordes ao redor dos US$ 3.000, com as crescentes dúvidas sobre quais serão os próximos desdobramentos no cenário geopolítico global.
Os preços do petróleo operam em alta no início do pregão desta terça-feira, com novas sanções americanas ao Irã e a promessa de Trump de taxar compradores de petróleo venezuelano criando receios sobre a oferta global da commodity em um momento em que as dúvidas sobre a demanda perdem força. Os contratos futuros do Brent subiam US$ 0,68, ou 0,89%, para US$ 73,67por barril. É importante monitorarmos novidades sobre a possibilidade de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia que poderia pressionar as cotações.
Os mercados asiáticos fecharam em alta. Na Europa as bolsas estão operando majoritariamente em baixa, com o mercado corrigindo após a performance bastante positiva e refletindo as incertezas.
Por aqui, o Ibovespa subiu 0,57% aos 132.067 pontos, com boa performance das empresas de commodity e bancos. O dólar à vista fechou em alta de 0,75%, a R$ 5,7092.
Economia
EUA – As vendas de casas novas aumentaram 1,8% em fevereiro, passando de 664 mil para 676 mil unidades. Apesar da alta, o resultado ficou abaixo da expectativa de 680 mil e do patamar de dezembro, quando foram vendidas 713 mil unidades. Regionalmente, os avanços ocorreram no Sul e no Meio-Oeste dos EUA, provavelmente impulsionados pela melhora nas condições climáticas. Em contrapartida, as vendas no Nordeste e no Oeste registraram queda em relação a janeiro. As taxas de hipoteca recuaram desde o início do ano, mas esse movimento ainda não se refletiu nas vendas.
EUA – O índice de confiança do consumidor, segundo o Conference Board, recuou 7,2 pontos em março, atingindo 92,9 pontos – levemente abaixo das projeções e no menor nível desde janeiro de 2021. Tanto o componente de expectativas quanto o de situação atual registraram queda. O diferencial de mão de obra, que mede a diferença entre a parcela de entrevistados que consideram o mercado de trabalho favorável e os que o avaliam como difícil, avançou 0,3 ponto, para 17,9 pontos.
As expectativas de inflação para os próximos 12 meses subiram 0,4 ponto, para 6,2%, maior nível desde abril de 2023. O Conference Board destacou que o aumento das expectativas inflacionárias reflete a preocupação dos consumidores com “o impacto das tarifas”.
EUA – Os Estados Unidos anunciaram que Rússia e Ucrânia concordaram com um cessar-fogo no Mar Negro, embora o Kremlin tenha condicionado sua adesão ao cumprimento de pré-requisitos, como o alívio de sanções. Após três dias de negociações técnicas na Arábia Saudita, as delegações alcançaram acordos para “garantir a navegação segura” na região.
EUA – A diretora do FED, Adriana Kugler, afirmou em discurso ontem que a política monetária está bem-posicionada e permanece em território restritivo. Segundo ela, os esforços do FED para controlar a inflação têm surtido efeito, com a taxa recuando de um pico superior a 7% em junho de 2022 para cerca de 2,5% em fevereiro de 2025. No entanto, ela alertou que o processo desinflacionário tem perdido força recentemente, com sinais de reaceleração em algumas subcategorias nos últimos meses.
Kugler também destacou o aumento das expectativas de inflação de curto e longo prazo captado pela Universidade de Michigan, um movimento aparentemente ligado à política comercial. Ela ressaltou que a manutenção da taxa de juros pelo FED busca equilibrar a resiliência da economia com riscos inflacionários persistentes. Para ela, o Comitê pode optar por manter os juros elevados por mais tempo, monitorando os dados e os efeitos acumulados das decisões anteriores antes de qualquer ajuste na política monetária.
Preços de ativos selecionados
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg
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