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Mercados
Os mercados globais estão sendo impactados pelas incertezas nos EUA, produzidas pela conduta errática de Trump. Wall Street encerrou a semana passada com perdas: o S&P 500 caiu 3,10%, o Nasdaq recuou 3,45% e o índice de pequenas empresas, Russell 2000, teve queda de 4,05%.
O mercado foi impactado por reviravoltas contínuas nas tarifas de Trump entre Estados Unidos, México e Canadá ao longo da semana, gerando instabilidade e um movimento de redução de risco.
As preocupações dos investidores aumentaram no fim de semana, após o ex-presidente Donald Trump afirmar que suas tarifas poderiam afetar o crescimento dos EUA e não descartar a possibilidade de uma recessão.
Esta semana, o cenário geopolítico ganha destaque com um encontro entre autoridades dos EUA e da Ucrânia na Arábia Saudita. A reunião acontece em Jeddah, na terça-feira, e o governo americano busca alcançar um acordo de paz com a Rússia.
No campo econômico, a atenção se volta para os índices de preços ao consumidor (CPI), que serão divulgados na quarta-feira às 9h30 (horário de Nova York), e ao produtor (PPI), na quinta-feira.
Os juros dos Treasuries americanos recuam, com o rendimento do título de 10 anos caindo para 4,25% e o de 2 anos para 3,95%.
O dólar atingiu mínimas de vários meses frente ao euro e ao iene na sexta-feira, após dados apontarem uma desaceleração do mercado de trabalho nos EUA, com a criação de menos vagas do que o esperado.
Os futuros dos Fed Funds na sexta-feira embutiam um total de 0,78 p.p. de cortes em 2025, com a primeira queda em junho.
O índice do dólar, que mede a força da moeda americana contra seis divisas principais, caiu 3,5% na semana passada, chegando a 103,7 pontos, perto das mínimas desde novembro.
O ouro avançou nesta segunda-feira, impulsionado pela fraqueza do dólar e pela busca por ativos de proteção em meio a temores sobre um conflito comercial global. O ouro à vista subiu 0,1%, para US$ 2.913 por onça.
As criptomoedas recuaram na sexta-feira, mesmo após o ex-presidente Trump assinar uma ordem executiva criando uma reserva estratégica de bitcoin para os EUA. O documento, porém, não especificou um cronograma de compras ou uma estratégia para o ativo, frustrando investidores que esperavam um plano mais agressivo. O bitcoin cai 4,4% e é negociado a US$ 82.460 nesta manhã.
Os preços do petróleo operam estáveis nesta segunda-feira, com investidores avaliando o impacto das tarifas de importação dos EUA no crescimento global e na demanda por combustíveis, além do aumento da produção da Opep+. O Brent recuava US$ 0,11, a US$ 70,25 por barril.
Os mercados asiáticos apresentaram desempenho misto nesta segunda-feira, após uma semana de forte volatilidade global. As bolsas europeias abriram em queda, acompanhando os futuros dos índices acionários dos EUA.
Na sexta-feira, o Ibovespa registrou alta de 1,36%, aos 125.035 pontos e o dólar à vista fechou em alta de 0,53%, a R$ 5,7902.
Economia
EUA – a geração de empregos fora do setor agrícola aumentou em 151 mil vagas no mês passado, após um avanço revisado para baixo de 125 mil em janeiro. O ganho médio por hora, uma medida da inflação salarial, subiu 0,3% em fevereiro, desacelerando em relação ao avanço de 0,5% em janeiro. Em base anual, a variação foi de 4%, ante 4,1% no mês anterior.
China – a inflação ao consumidor caiu abaixo de zero pela primeira vez em 13 meses, refletindo distorções sazonais e pressões deflacionárias. O índice de preços ao consumidor (CPI) recuou 0,7% em fevereiro na comparação anual, após alta de 0,5% no mês anterior.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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