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Mercados
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para a imposição de tarifas recíprocas sobre nações estrangeiras. Ele afirmou que o plano tratará as políticas não tarifárias de outros países como práticas comerciais desleais que justificam tarifas retaliatórias. No entanto, as preocupações dos investidores foram aliviadas, pois Trump adiou a implementação imediata das tarifas.
Ontem (13), os dados do índice de preços ao produtor indicaram que a inflação do núcleo do PCE — medida preferida do Federal Reserve — provavelmente será menor do que o esperado anteriormente para janeiro quando for divulgada, ainda este mês (Veja mais ao lado).
Os mercados futuros agora embutem cerca de 33 pontos base em cortes até dezembro — acima dos 29 p.b. precificados antes dos dados de quinta-feira, mas abaixo dos 37 p.b. projetados antes da divulgação do CPI na quarta-feira (12).
As taxas dos Treasuries dos EUA registram pouca variação nesta sexta-feira (14), à medida que os investidores digerem os dados mais recentes de inflação. A taxa de juros do título de 10 anos do Tesouro Americano está em 4,54%, enquanto o de 2 anos recua para 4,31%.
O dólar recuou após componentes do relatório de preços ao produtor de janeiro indicarem inflação mais baixa, movimento intensificado depois que a Casa Branca afirmou que as tarifas recíprocas sobre outras nações não serão implementadas imediatamente. O índice do dólar (DXY) registrou queda de 0,61% no dia, aos 107,25 pontos — o nível mais baixo desde 27 de janeiro.
Os preços do petróleo subiram nas negociações iniciais desta sexta, caminhando para interromper uma sequência de três semanas de perdas, em meio ao aumento da demanda por combustíveis. Os contratos futuros do Brent avançaram 19 centavos, para US$ 75,25 por barril.
Os mercados da Ásia fecharam sem direção única nesta hoje, após Wall Street registrar alta na noite anterior. As bolsas europeias abriram em baixa após atingirem recordes no início da semana, acompanhando os futuros dos EUA, que também operavam ligeiramente abaixo.
Ontem, o Ibovespa fechou com ganho de 0,38%, aos 124.850 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,10%, cotado a R$ 5,7689. Enquanto isso, os juros futuros recuaram em todos os vértices da curva.
Economia
EUA: O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,4% em janeiro, acima da expectativa de 0,3%, e acumula alta de 3,5% em 12 meses. O avanço foi impulsionado pelo aumento de 1,1% nos preços dos alimentos, com destaque para a disparada de 44% nos ovos devido a um surto de influenza aviária nos EUA. A energia também pressionou a inflação, com alta de 1,7%. Excluindo alimentos e energia, o PPI subiu 0,3% no mês e 3,6% no ano. Os preços dos bens avançaram 0,6%, enquanto os bens sem alimentos e energia registraram alta mais moderada de 0,1%.
Os itens do PPI utilizados no cálculo do núcleo do PCE mostraram menor pressão em janeiro, especialmente nos serviços de saúde e passagens aéreas. Com base nos dados do CPI e do PPI, espera-se que o núcleo do PCE registre alta de 0,3% no mês, resultando em uma desaceleração da taxa anual, de 2,8% em dezembro para 2,6% em janeiro.
Brasil: Em dezembro, as vendas no varejo caíram pelo segundo mês consecutivo, com recuo de 0,1% no conceito restrito e 1,1% no ampliado na margem. Apesar das revisões positivas nos dados de novembro, os resultados ficaram abaixo das projeções de mercado. No conceito restrito, a média móvel de três meses manteve-se estável, enquanto no ampliado houve queda de 0,7%, refletindo a retração mais expressiva deste segmento. No acumulado de 2024, ambos os conceitos registraram crescimento significativo, impulsionados por setores como saúde e beleza, veículos e móveis, enquanto livrarias e atacarejo tiveram desempenhos negativos.
A análise por categorias revelou um cenário desafiador, com quedas expressivas em combustíveis (-3,1%) e saúde e beleza (-3,3%), além do impacto do varejo alimentício, que recuou pelo segundo mês seguido. A antecipação das promoções de Black Friday influenciou a base de comparação, tornando o desempenho de dezembro ainda mais fraco.
No conceito ampliado, as vendas de veículos e materiais de construção atingiram os menores volumes desde maio, enquanto o atacarejo registrou forte retração interanual. Esses resultados sugerem que o varejo encerrou o ano de forma enfraquecida, após um primeiro semestre mais robusto.
Considerando os dados de vendas do varejo, do setor de serviços e da indústria já divulgados, o tracking do PIB indica alta de 0,3% na margem no 4° trimestre, com a crescimento de 3,5% da economia em 2024.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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