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A Suzano divulgou na noite desta quarta-feira (12) seus resultados referentes ao quarto trimestre.
Os números reportados ficaram ligeiramente acima das nossas estimativas e do consenso de mercado, com a maturação da Planta em Ribas, antigo Projeto Cerrado, começando a aparecer nos números, e num momento desafiador — com forte retração no preço da celulose na comparação trimestral.
A companhia reportou números ligeiramente melhores na linha da receita. Os números foram impactados positivamente em 25% na comparação trimestral por maiores volumes produzidos, Ribas, e a valorização do dólar e negativamente em 13% por preços médios da celulose em dólares mais baixos.
O Custo de Caixa da Suzeno teve redução de 6% no trimestre quando comparado ao trimestre anterior. A redução pode ser explicado por: (i) menores custos com madeira; (ii) menor consumo de energia; (iii) maior diluição de custos fixos graças ao aumento do volume; e (iv) maior venda de energia para terceiros. Esperamos maiores reduções nos próximos trimestres, com o aumento da participação da planta de Ribas do Rio Pardo no volume total produzido pela companhia.
As operações de papel também apresentaram expansão de 20% no volume produzido na comparação trimestral, impactadas pela consolidação da operação recém adquirida pela Suzano nos EUA. Apesar dos maiores volumes e preços estáveis, a companhia apresentou um EBITDA e margens menores graças ao processo de integração das operações nos EUA.
Os maiores volumes e câmbio depreciado foram suficientes para que o EBTIDA da companhia ficasse em linha ao do 3T24, retraindo 1% e atingindo R$ 6,48 bilhões de reais. A redução do preço da celulose, maiores despesas com bônus e a consolidação da operação de embalagens nos EUA explicam o resultado e as margens inferiores.
Em nossas contas, a companhia teria gerado Caixa de R$ 1.5 bilhões de reais no trimestre, o que consideramos bastante impressionante dado que o momento para celulose é desafiador e a Planta de Ribas apenas começou a contribuir para esse número. Esperamos que esse número acelere nos próximos trimestres, com evolução de Ribas, menores desembolsos de CAPEX e melhores preços de celulose.
Somos bastante construtivos com a tese de Suzano, pois vemos a companhia negociando em patamares de múltiplos bastante interessantes e abaixo das médias históricas. Além disso, nossa tese se baseia em: (i) ganhos de eficiência com a inclusão da planta de Ribas; (ii) alocação de capital eficiente; (iii) maturação e aumento da representatividade das novas frentes de negócio; e (iv) forte geração de caixa e desalavancagem.
Vale (SUZB3) — Compra
Preço Alvo | 70,00 |
Preço Atual | 57,97 |
Upside | 21% |
Capitalização de Mercado (R$ bi) | 74 |
Ações Emitidas (mi) | 1.257 |
Free Float | 52,0% |
Performance
Semana | -2,88% |
Mês | -6,62% |
Ano | -6,17% |
Análise por Bruno Benassi, CNPI 9236, Analista de Ativos da Monte Bravo Corretora, CNPJ 50.489.148/0001-00.