Dólar caminha para maior queda semanal em dois meses - Monte Bravo

Dólar caminha para maior queda semanal em dois meses

24/01/2025 às 09:13

24

Sexta

Jan

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Mercados

Ontem (23), os investidores assistiram ao discurso de Trump para líderes globais no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, por videoconferência. O recém-empossado presidente dos EUA criticou as taxas de juros. “Vou exigir que as taxas de juros caiam imediatamente”, afirmou.

A fala de Trump é um lembrete de que teremos uma fonte constante de volatilidade vinda de comentários improvisados. Ela indica ainda que tensionar a discussão sobre a independência do Fed faz parte da agenda.

As taxas de juros do Tesouro dos EUA caem nesta sexta-feira (24). A taxa do título de 10 anos opera em 4,63% e a de 2 anos em 4,26%.

O dólar está a caminho de sua maior queda semanal em dois meses após a percepção de que o aumento de tarifas será mais pragmático. O dólar acumula uma queda de 1,7% em relação a uma cesta de moedas na semana, levando o índice do dólar para os 107,5 pontos.

Os preços do ouro dispararam para máximas de quase três meses — o ouro à vista sobe 0,8% para US$ 2.774,49 por onça. Os mercados de petróleo operam em leve alta, com os futuros do Brent subindo 0,6%, para US$ 77,9 por barril.

Os mercados da Ásia subiram nesta sexta após o S&P 500 atingir máximas históricos durante a noite. Os mercados de ações europeus abriram em alta hoje, enquanto os futuros das ações nos EUA estão em leve queda após o S&P 500 atingir seu recorde de fechamento.

Por aqui, ontem o Ibovespa fechou em baixa de 0,40%, aos 122.483 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 0,35%, cotado a R$ 5,9255.

Porém, os juros futuros avançaram após rumores de que governo estaria estudando adotar subsídios para baratear o preço de alimentos. A notícia, veiculada pela Bloomberg, foi negada pelo ministro da Fazenda. Fica claro, porém, que o governo está sem rumo e tomando decisões improvisadas com base em pesquisa de popularidade — isso exacerba o temor de medidas heterodoxas e populistas.

Economia

Japão: O Banco do Japão (BOJ) elevou sua meta de taxa de juros em 25 pontos base, alcançando 0,50% a.a. pela primeira vez desde 2007-2008, em linha com as expectativas do mercado. O relatório de perspectivas econômicas, divulgado junto à decisão, revelou uma postura mais rígida do que o esperado, com revisões significativas nas projeções de inflação. Para o índice de preços ao consumidor, excluindo alimentos frescos, o BOJ agora prevê inflação de 2,4% no ano fiscal que termina em março de 2026, acima da projeção anterior de 1,9%. O aumento nos preços do arroz e o impacto do iene desvalorizado sobre os custos de importação justificam a mudança.

O BOJ também sinalizou riscos inflacionários elevados para os anos fiscais de 2024 e 2025, divergindo da avaliação neutra apresentada no relatório de outubro. Além disso, retirou menções à necessidade de monitorar economias externas e mercados financeiros, sugerindo que esses fatores não devem impedir a redução dos estímulos monetários. A decisão reforça a possibilidade de novos aumentos nos juros, com a taxa básica atingindo 1,0% a.a. no 1° semestre de 2025.

Zona do euro: O PMI Composto voltou a crescer em janeiro de 2025, alcançando 50,2 pontos. O resultado ficou acima da expectativa de 49,7 e marcou a primeira expansão desde agosto de 2024. O setor de serviços impulsionou o resultado, registrando alta pelo segundo mês consecutivo, embora em ritmo mais lento — 51,4, ante 51,6 pontos em dezembro. O PMI industrial, por outro lado, continuou em contração, mas com a menor intensidade desde maio de 2024. Na Alemanha, a atividade se estabilizou após seis meses de queda, enquanto na França a contração diminuiu e atingiu o ritmo mais brando desde setembro de 2024.

Os novos pedidos continuaram em queda pelo 8° mês, mas de forma mais suave. O aumento nos serviços contrastou com a queda na indústria. As encomendas para exportação permaneceram em retração, acumulando quase três anos de declínio. O emprego caiu pelo sexto mês seguido, mas ligeiramente, devido ao aumento nas contratações nos serviços. No setor industrial, as compras de insumos e os estoques continuaram em queda, enquanto os prazos de entrega de fornecedores tiveram leve aumento. A inflação acelerou pelo quarto mês consecutivo, puxada pelos custos e preços mais altos nos serviços, especialmente na Alemanha.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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