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Mercados
A Bolsa de Valores de Nova York e a Nasdaq estarão fechadas hoje (09) em um Dia Nacional de Luto pelo ex-presidente Jimmy Carter, que faleceu em dezembro e será homenageado em um funeral de Estado. O fechamento mantém uma tradição de Wall Street que remonta a 1865, quando a Bolsa de Valores de Nova York fechou por vários dias após o assassinato do presidente Abraham Lincoln. O mercado de títulos encerrará as negociações mais cedo, às 16h.
Ontem (08), a ata da reunião de dezembro do Fed relatou que quase todos os participantes do comitê consideraram que os riscos de alta para a inflação aumentaram. Isso adiciona preocupações aos investidores de que pode haver menos cortes nas taxas de juros do que o esperado este ano (veja abaixo).
As taxas de títulos do Tesouro dos EUA, que têm subido com apostas de que os planos de tarifas de Trump podem levar a um aumento na inflação, oscilaram durante o pregão de quarta-feira. A taxa do título de 10 anos atingiu 4,7%, nível mais alto desde o final de abril de 2024. Nesta manhã, as taxas estão em leve queda, com o título de 10 anos recando para 4,67%, enquanto a taxa de 2 anos está em 4,28%.
O dólar norte-americano sobe acompanhando o avanço recente das taxas de juros dos títulos dos EUA. O movimento acontece após um relatório indicar que o presidente eleito Donald Trump estava considerando o uso de medidas emergenciais para permitir um novo programa tarifário. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de moedas, sobe 0,1% e alcança os 109,2 pontos.
Os preços do ouro recuam nesta quinta-feira, com o ouro à vista cotado a US$ 2.659,6 por onça. O Bitcoin está cotada a US$ 93.601, em queda de 0,9%.
Os preços do petróleo caem nesta quinta e estendem as perdas de ontem, pressionados pelo aumento significativo nos estoques de combustíveis dos EUA na semana passada. Por outro lado, preocupações com a oferta mais restrita por parte dos membros da OPEP e da Rússia limitaram a queda. Os futuros do Brent recuam 0,4%, para US$ 75,88 por barril.
Os mercados asiáticos caíram na quinta-feira em uma sessão volátil à medida que os investidores temem que o Fed possa adiar a flexibilização dos juros, enquanto a desinflação persistente na China prejudicou ainda mais o sentimento do mercado. As ações europeias estão ligeiramente em alta na abertura desta hoje, enquanto os futuros das bolsas norte-americanas permanecem estáveis.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,27%, aos 119.625 pontos. O dólar à vista fechou em alta de 0,08%, cotado a R$ 6,1090.
Economia
China: O CPI desacelerou para 0,1% em dezembro, ante 0,2% em novembro, marcando o menor ritmo desde março de 2024 e alinhando-se às expectativas de mercado. O principal impacto veio dos preços de alimentos, que passaram de alta anual de 1,0% para uma queda de 0,5% — a primeira desde junho de 2024. O núcleo do CPI subiu pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 0,4% em termos anuais, embora ainda inferior aos padrões pré-pandemia.
O PPI caiu 2,3% em termos anuais em dezembro, um ritmo levemente melhor que a queda de 2,5% em novembro, mas estendeu sua sequência de deflação para 27 meses. Em 2024, o PPI registrou queda anual de 2,2%, após um recuo de 3,0% em 2023.
EUA: Na ata da reunião do Fed de dezembro, o comitê destacou que, apesar da redução significativa da inflação desde o pico de 2022, ela permanecia elevada e com sinais de desaceleração no ritmo de desinflação em 2024. A maioria do comitê reconheceu avanços nos preços de bens e serviços essenciais, com alguns mencionando a proximidade de níveis pré-pandemia, enquanto os aumentos no setor de habitação mostravam moderada desaceleração. Quanto à perspectiva, o Comitê projetou convergência da inflação para 2%, mas alertou para riscos associados a políticas comerciais e de imigração.
O mercado de trabalho apresentou sinais de afrouxamento gradual, como queda nas vagas e contratação de desempregados — embora as demissões permanecessem baixas. A economia manteve expansão sólida, sustentada pelo consumo robusto. O Comitê decidiu reduzir a taxa de juros para 4,50% a.a., priorizando o crescimento econômico e o controle da inflação, mas manteve cautela para ajustes futuros e ressaltou que a política monetária deve continuar dependente das condições econômicas e riscos observados.
Brasil: A produção industrial brasileira recuou 0,6% em novembro, após queda de 0,2% em outubro. Apesar do recuo, o nível de produção segue elevado no histórico pós-pandemia, sendo o quarto melhor mês desde março de 2021 na série dessazonalizada. Os bens de consumo tiveram as maiores quedas, com destaque para bebidas e combustíveis, cujas retrações foram associadas a acomodação da produção e menor demanda.
O segmento automotivo, um dos destaques de vendas e crédito em 2024, apresentou quedas em todas as categorias em novembro, contribuindo significativamente para o recuo da indústria geral. De forma geral, a indústria segue com indicadores resilientes, mas enfrenta desafios em categorias específicas e no ritmo de expansão. Com o resultado da indústria, o tracking do PIB indica alta de 0,6% na margem no 4° trimestre, o que é compatível com crescimento de 3,6% em 2024.
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(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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