Informe diário Monte Bravo Corretora — 21/03/2025

21/03/2025 às 09:03

21

Sexta

Mar

4 minutos de leitura
Compartilhar

Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui.

Mercados

Os futuros americanos operam em queda, o que parece ser reflexo de uma  mudança na narrativa do mercado. O foco, que recentemente estava nas decisões dos Bancos Centrais, voltou a girar em torno das incertezas sobre tarifas e seus possíveis impactos na economia global. As publicações de Donald Trump nas redes sociais contribuíram para essa virada de sentimento, especialmente após o presidente afirmar que o dia 2 de abril será marcado pela imposição de tarifas recíprocas, chamando-o de “Dia da Libertação”.

As taxas de juros nos EUA estão abrindo o dia em ligeira queda, com a taxa de 2 anos atingindo 3,93% e a de 10 anos voltando a operar próxima dos 4,20%, em um movimento que o mercado parece ter dúvidas sobre se os impactos das tarifas serão mais sentidas no crescimento ou nas expectativas de inflação.

À medida que os investidores reavaliam as expectativas iniciais de que as políticas econômicas de Trump fortaleceriam o dólar e enfraqueceriam outras moedas, a moeda americana recuou 6% frente ao euro desde meados de janeiro. Porém, os últimos dos dias têm sido de elevação da moeda americana contra seus principais concorrentes, com o DXY atingindo a mínima de 103,20 e agora sendo negociado 103,90.

Os preços do ouro continuam negociando próximos de patamares recordes ao redor dos US$3.000 com as crescentes dúvidas sobre quais serão os próximos desdobramentos no cenário geopolítico global.

Os preços do petróleo operam em queda no início do pregão desta sexta-feira, em um movimento que parece de realização após os últimos dias de alta da commodity, já que os últimos desdobramentos, tensões geopolíticas, demanda nos EUA e sanções no Irã, indicam pressões tanto na oferta quanto na demanda.  Os contratos futuros do Brent caiam US$ 0,38, ou 0,53%, para US$ 71,62 por barril.

Os mercados asiáticos fecharam em queda nesta quinta-feira, acompanhando Wall Street, no dia anterior. As bolsas europeias operam em baixa nesta sexta-feira, com os investidores realizando os lucros das últimas semanas e analisando os desdobramentos das decisões políticas e monetárias.

Ontem, por aqui, o Ibovespa caiu 0,42% aos 131.945 pontos, encerrando a sequência de seis sessões consecutivas de alta. O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,676.

Economia

EUA – As vendas de casas usadas cresceram 4,2% em fevereiro, atingindo uma taxa anualizada de 4,26 milhões, acima das projeções do mercado. O avanço foi impulsionado pelo aumento da oferta de imóveis, que subiu 17% em relação ao ano anterior, e por condições climáticas mais favoráveis. O preço médio das residências também registrou alta de 3,8%, chegando a US$ 398.400, o maior valor já registrado para o mês.

Apesar da recuperação pontual, espera-se um crescimento gradual das vendas, podendo alcançar 4,4 milhões de unidades até o final de 2025. Para isso, será fundamental a continuidade da ampliação da oferta, a redução dos custos de financiamento e a estabilização dos preços.

Brasil – No segundo decêndio de março, o IGP-M registrou queda de 0,28%, revertendo a alta de 0,92% do mês anterior. A retração foi impulsionada pela deflação de 0,63% dos preços no atacado, com destaque para os preços industriais, que registraram deflação de 1,13%, influenciado pelas quedas nos preços de petróleo e gás natural, minerais metálicos e derivados de petróleo. Em contrapartida, os preços agrícolas aceleraram e registraram alta de 0,76%, puxado pelo aumento nos preços de grãos, suínos e ovos.

Os preços ao consumidor mostraram leve aceleração, com destaque para Alimentação e Habitação, influenciados por altas em hortaliças, aves, ovos e energia elétrica. Em sentido oposto, houve recuos nos preços da gasolina, transporte público e cursos formais.

O INCC-M desacelerou para 0,44%, refletindo a queda no custo da mão de obra, enquanto materiais e serviços mantiveram o ritmo de alta. A projeção para IGP-M é deflação de 0,1% em março.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

Indicadores de hoje

Não há divulgações relevantes

Indicadores do dia anterior

Artigos Relacionados

  • 31

    Segunda

    Mar

    31/03/2025 às 10:03

    Análise

    Informe diário Monte Bravo Corretora — 31/03/2025

    Para conferir o Informe Diário em formato PDF, clique aqui. Mercados Os mercados globais e os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos seguem sendo abalados pela guerra comercial.  Os contratos futuros das bolsas americanas recuam nesta segunda-feira (31), enquanto investidores aguardam o “Dia da Libertação” para ter maior clareza sobre os planos tarifários de Trump.  Uma …

    Continue lendo
  • 31

    Segunda

    Mar

    31/03/2025 às 09:41

    Análise

    Stock Guide Monte Bravo — 31/03 a 04/04/2025

    O Ibovespa fechou a semana em ligeira retração de 0,3%, atingindo 131.902 pontos, e, no acumulado do ano, a bolsa registra valorização de 9,7%. O Ibovespa fechou a semana em ligeira retração de 0,3%, atingindo 131.902 pontos, e, no acumulado do ano, a bolsa registra valorização de 9,7%. A semana contou com a divulgação dos …

    Continue lendo
  • 31

    Segunda

    Mar

    31/03/2025 às 09:06

    Análise

    Informe Semanal Monte Bravo Corretora — 31/03 a 04/04/2025

    📄 Para conferir o Informe Semanal completo em PDF, clique aqui. Cenário global Os dados de inflação e gastos das famílias surpreenderam negativamente em fevereiro na economia americana. O núcleo do PCE registrou alta de 0,4% na margem, acima da expectativa de alta de 0,3%. A maior pressão de serviços, como saúde, serviços financeiros e de …

    Continue lendo