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Mercados
Os futuros americanos operam em queda, o que parece ser reflexo de uma mudança na narrativa do mercado. O foco, que recentemente estava nas decisões dos Bancos Centrais, voltou a girar em torno das incertezas sobre tarifas e seus possíveis impactos na economia global. As publicações de Donald Trump nas redes sociais contribuíram para essa virada de sentimento, especialmente após o presidente afirmar que o dia 2 de abril será marcado pela imposição de tarifas recíprocas, chamando-o de “Dia da Libertação”.
As taxas de juros nos EUA estão abrindo o dia em ligeira queda, com a taxa de 2 anos atingindo 3,93% e a de 10 anos voltando a operar próxima dos 4,20%, em um movimento que o mercado parece ter dúvidas sobre se os impactos das tarifas serão mais sentidas no crescimento ou nas expectativas de inflação.
À medida que os investidores reavaliam as expectativas iniciais de que as políticas econômicas de Trump fortaleceriam o dólar e enfraqueceriam outras moedas, a moeda americana recuou 6% frente ao euro desde meados de janeiro. Porém, os últimos dos dias têm sido de elevação da moeda americana contra seus principais concorrentes, com o DXY atingindo a mínima de 103,20 e agora sendo negociado 103,90.
Os preços do ouro continuam negociando próximos de patamares recordes ao redor dos US$3.000 com as crescentes dúvidas sobre quais serão os próximos desdobramentos no cenário geopolítico global.
Os preços do petróleo operam em queda no início do pregão desta sexta-feira, em um movimento que parece de realização após os últimos dias de alta da commodity, já que os últimos desdobramentos, tensões geopolíticas, demanda nos EUA e sanções no Irã, indicam pressões tanto na oferta quanto na demanda. Os contratos futuros do Brent caiam US$ 0,38, ou 0,53%, para US$ 71,62 por barril.
Os mercados asiáticos fecharam em queda nesta quinta-feira, acompanhando Wall Street, no dia anterior. As bolsas europeias operam em baixa nesta sexta-feira, com os investidores realizando os lucros das últimas semanas e analisando os desdobramentos das decisões políticas e monetárias.
Ontem, por aqui, o Ibovespa caiu 0,42% aos 131.945 pontos, encerrando a sequência de seis sessões consecutivas de alta. O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,676.
Economia
EUA – As vendas de casas usadas cresceram 4,2% em fevereiro, atingindo uma taxa anualizada de 4,26 milhões, acima das projeções do mercado. O avanço foi impulsionado pelo aumento da oferta de imóveis, que subiu 17% em relação ao ano anterior, e por condições climáticas mais favoráveis. O preço médio das residências também registrou alta de 3,8%, chegando a US$ 398.400, o maior valor já registrado para o mês.
Apesar da recuperação pontual, espera-se um crescimento gradual das vendas, podendo alcançar 4,4 milhões de unidades até o final de 2025. Para isso, será fundamental a continuidade da ampliação da oferta, a redução dos custos de financiamento e a estabilização dos preços.
Brasil – No segundo decêndio de março, o IGP-M registrou queda de 0,28%, revertendo a alta de 0,92% do mês anterior. A retração foi impulsionada pela deflação de 0,63% dos preços no atacado, com destaque para os preços industriais, que registraram deflação de 1,13%, influenciado pelas quedas nos preços de petróleo e gás natural, minerais metálicos e derivados de petróleo. Em contrapartida, os preços agrícolas aceleraram e registraram alta de 0,76%, puxado pelo aumento nos preços de grãos, suínos e ovos.
Os preços ao consumidor mostraram leve aceleração, com destaque para Alimentação e Habitação, influenciados por altas em hortaliças, aves, ovos e energia elétrica. Em sentido oposto, houve recuos nos preços da gasolina, transporte público e cursos formais.
O INCC-M desacelerou para 0,44%, refletindo a queda no custo da mão de obra, enquanto materiais e serviços mantiveram o ritmo de alta. A projeção para IGP-M é deflação de 0,1% em março.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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