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- Cenário político continua tenso na França e Coreia do Sul;
- Após máxima histórica, Bitcoin tem correção e cai para o menor nível em uma semana;
- Nos EUA, o mercado monitora a divulgação de relatório de emprego nesta sexta;
- Por aqui, balança comercial de novembro teve superávit menor que o esperado.
Mercados
Investidores continuam monitorando a situação política na Coreia do Sul e na França.
O presidente francês Emmanuel Macron reuniu-se na quinta-feira (05) com aliados e líderes parlamentares enquanto buscava nomear rapidamente um novo primeiro-ministro para substituir Michel Barnier, que renunciou oficialmente um dia após parlamentares da oposição votarem para destituir seu governo.
Menos de um dia depois de declarar lei marcial, legisladores na Coreia do Sul apresentaram uma moção para impeachment do presidente Yoon Suk-yeol. O líder do partido governista People Power, Han Dong-hoon, afirmou ontem que a legenda tentará se opor à moção.
Os investidores estão aguardando a divulgação do relatório de emprego não-agrícola dos EUA, que será publicado às 10h30. Espera-se que a divulgação aponte para a criação de 214 mil vagas de trabalho em novembro no país.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estão estáveis nesta sexta-feira (06), com o rendimento do título de 10 anos subindo para 4,18% e o de 2 anos em 4,17%.
O índice do dólar, que mede a moeda americana em relação a seis pares, subiu para 105,8 após ter recuado para uma mínima de três semanas na sessão anterior. Os preços do ouro avançaram levemente nesta sexta, mas caminham para a segunda semana consecutiva de queda. O ouro à vista subiu 0,3%, sendo negociado a US$ 2.638,66 por onça.
No mercado de criptomoedas, o Bitcoin fez uma pausa após ultrapassar a marca de US$ 100 mil pela primeira vez no dia anterior. A criptomoeda chegou a cair para a mínima de uma semana e estava sendo negociada a US$ 98.223, abaixo da máxima histórica de US$ 103.649 registrada ontem.
Os preços do petróleo recuaram no início dos negócios asiáticos desta sexta, com a demanda fraca em foco após a OPEP+ adiar aumentos planejados na oferta. Os contratos futuros do Brent caíram 9 centavos, ou 0,1%, para US$ 72 por barril.
Na Ásia, os mercados tiveram desempenho misto. Os mercados europeus abriram em leve alta, enquanto os futuros das ações dos EUA estão estáveis.
Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos. O dólar à vista caiu pelo terceiro dia seguido, fechando em baixa de 0,63%, a R$ 6,0097.
Economia
Zona do euro: a produção industrial da Alemanha recuou 1,0% na margem em outubro, após uma queda revisada de 2,0% na margem em setembro. Subsetores apresentaram desempenhos mistos: a indústria, excluindo energia e construção, caiu 0,3%; a produção de energia despencou 8,9%; e o setor de construção se manteve estável. Com isso, o nível de produção ficou 1,5% abaixo da média do terceiro trimestre de 2024, indicando que a atividade industrial deve impactar negativamente o PIB no último trimestre, colocando um viés de baixa na expectativa inicial de alta de 0,1%.
Brasil: O IGP-DI avançou 1,18% em novembro, desacelerando em relação à alta de 1,54% registrada em outubro. No acumulado do ano, o índice subiu 5,94%, e em 12 meses, 6,62%. Em novembro de 2023, o IGP-DI havia subido 0,50% no mês, mas registrava queda de 3,62% no acumulado em 12 meses, destacando a diferença de trajetória em relação a este ano.
A alta do IPA foi menos intensa em novembro, refletindo a desaceleração das commodities agrícolas. O índice ao consumidor foi impactado pela redução na tarifa de eletricidade residencial, devido à adoção da bandeira tarifária amarela. No setor de construção, o recuo foi impulsionado pela desaceleração nos custos de mão de obra.
Brasil: O superávit comercial foi de US$ 7,0 bilhões em novembro, abaixo das projeções de mercado (US$ 7,8 bilhões). As exportações totalizaram US$ 28,0 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 21,0 bilhões, com desempenho inferior ao saldo de US$ 8,8 bilhões registrado no mesmo mês de 2023. Embora as exportações tenham crescido 5,8% na comparação anual, impulsionadas por Petróleo bruto e Minério de ferro, as importações subiram 15,7%, com destaque para Combustíveis e Fertilizantes, além de um expressivo aumento em Componentes eletrônicos.
No acumulado de 2024, o superávit alcançou US$ 69,9 bilhões, 22% abaixo dos US$ 89,6 bilhões registrados no mesmo período de 2023. Apesar de um avanço modesto de 0,5% nas exportações, as importações cresceram 9,5%, refletindo uma demanda doméstica aquecida. Em novembro, enquanto os preços das importações caíram, os volumes subiram significativamente, tendência observada também nas exportações, embora com menor intensidade. No ano, a balança comercial deverá acumular superávit de US$ 78 bilhões.
Preços de ativos selecionados¹


(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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