Eleições nos EUA e esperança de cessar-fogo no Oriente Médio ditam o mercado - Monte Bravo

Eleições nos EUA e esperança de cessar-fogo no Oriente Médio ditam o mercado

31/10/2024 às 08:58

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Quinta

Out

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  • Corrida eleitoral americana entra em sua fase decisiva;
  • Emissora estatal de Israel publica esboço de acordo de cessar-fogo no Oriente Médio;
  • PCE de setembro, índice de inflação favorito do Fed, é publicado nesta quinta;
  • Por aqui, mercado segue no aguardo do pacote de ajuste fiscal.

Mercados

A corrida eleitoral dos EUA entrou na sua fase decisiva. As pesquisas indicam uma disputa acirrada entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris — o que, dadas as características do sistema eleitoral norte-americano, tende a dar uma pequena vantagem para Trump.

No Oriente Médio, o primeiro-ministro do Líbano expressou esperança em um acordo de cessar-fogo com Israel nos próximos dias. Enquanto isso, a emissora estatal de Israel publicou um esboço do acordo, com uma trégua de 60 dias.

O foco dos investidores estará nos dados de despesas de consumo pessoal (PCE), divulgado às 9h30. A expectativa é de que o núcleo do PCE de setembro tenha uma alta de 0,30%. A taxa de juros do Tesouro de 10 anos subiu para 4,30%, nível mais alto desde julho, enquanto a taxa de 2 anos está em 4,18%.

O índice do dólar, que mede a moeda em relação a seis pares, está estável em 104. Os preços do ouro subiram para um novo recorde nesta quinta-feira (31), impulsionado pela demanda por segurança antes da eleição presidencial dos EUA. O ouro à vista está cotado a US$ 2.786,9 por onça.

Os preços do petróleo estão em leve alta, na esteira do otimismo em relação à demanda nos EUA enquanto relatos de que a Opep+ pode adiar um aumento planejado na produção ofereceram suporte. Os futuros do petróleo Brent avançaram 35 centavos, ou 0,50%, para US$ 72,90 por barril.

Os mercados asiáticos recuaram nesta quinta. O Banco do Japão manteve sua taxa de política monetária em 0,25%, inalterada em relação à reunião anterior. Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) de manufatura do país voltou ao território de expansão pela primeira vez desde abril.

Os mercados europeus abriram em baixa hoje, assim como os futuros das ações dos EUA. A Alphabet superou as expectativas e registrou forte crescimento de receita trimestral em seu negócio de nuvem e as ações subiram quase 3%. No entanto, no pós-mercado, a Meta Platforms caiu 3% após não cumprir as expectativas de crescimento de usuários e alertar que os gastos de capital subirão em 2025. A orientação de receita da Microsoft também decepcionou, arrastando as ações para uma queda de quase 4%.

Os gigantes da tecnologia Apple e Amazon divulgarão resultados hoje, após os relatórios da Meta Platforms e da Microsoft.

Ontem (30), no Brasil, enquanto se aguarda o pacote de corte de gastos do governo, o Ibovespa fechou em leve queda de 0,07% aos 130.639. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,03%, a R$ 5,7634.

Economia

China: O PMI da indústria e dos serviços mostraram expansão. O PMI industrial alcançou 50,1 pontos em outubro, acima do consenso de 49,9 pontos e encerrando um período de contração iniciado em maio. O subíndice de produção acelerou para 52 pontos, embora os novos pedidos tenham permanecido estáveis. Na indústria, os preços pagos aumentaram.

O PMI de serviços subiu para 50,2 pontos, ligeiramente abaixo da previsão de 50,3 pontos, com o setor de serviços registrando leve expansão e a construção desacelerando. Esses dados positivos ainda não refletem os estímulos monetários recentes, e o presidente do PBOC, Pan Gongsheng, indicou a possibilidade de novos cortes no compulsório bancário.

Zona do Euro: O CPI subiu 2% em outubro na comparação anual, acima da expectativa de 1,9% e do aumento de 1,7% registrado em setembro. O núcleo do CPI avançou 2,7% na comparação anual, ficando acima das expectativas, com destaque para o aumento de cigarros, bebidas alcoólicas e dos serviços. Os bens mostraram variação modesta, com alta de 0,5%.

EUA: O crescimento do PIB desacelerou para 2,8% na margem no 3° trimestre, comparado a 3,0% no anterior, impulsionado pelo consumo, que acelerou para 3,7% com aumento nos gastos com bens duráveis. Os gastos com serviços também cresceram, embora de forma moderada, com destaque para cuidados de saúde e gastos discricionários em alimentação e acomodações.

No setor residencial, os altos preços das casas e taxas de juros pressionaram os investimentos, que caíram 5,1%, e inibiram o consumo. Apesar disso, a demanda doméstica privada (soma de consumo e investimentos) cresceu 3,2% ao ano, revertendo a tendência de desaceleração dos trimestres anteriores e ficando acima da média histórica de 2,6% ao ano.

Brasil: A economia registrou criação líquida de 247,8 mil postos formais em setembro, superando o resultado do mesmo período em 2023. O saldo acumulado até setembro atingiu 1,980 milhão de vagas em 2024, muito acima dos 1,597 milhão do ano anterior.

Com ajuste sazonal, houve uma desaceleração no ritmo de geração de empregos, de 157,2 mil vagas em agosto para 148,4 mil em setembro, com admissões e demissões em alta. O terceiro trimestre somou 446,5 mil novos postos, abaixo do 2T24. Apesar da recuperação no número de admissões e a criação de vagas nos setores de serviços e indústria, observa-se uma concentração de crescimento em setores específicos e desaceleração nos ganhos salariais, sobretudo nas contratações.

Preços de ativos selecionados¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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