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- Incertezas sobre a corrida presidencial nos EUA e o conflito no Oriente Médio continuam pautando os mercados de risco;
- Dados recentes apontam para resiliência da economia e queda da inflação nos EUA;
- Investidores diminuem apostas em cortes de juros mais agressivos pelo Fed;
- Hoje, o presidente Lula se reúne com diretores da Febraban;
- Por aqui, as incertezas sobre a política fiscal permanecem.
Mercados
A incerteza em torno das eleições nos EUA e as tensões com o conflito no Oriente Médio continuam pautando os mercados de risco.
Ontem, Trump reiterou a ideia de tarifas de importação, o que tem como consequência mais inflação, menos crescimento global e um dólar mais forte.
Dados recentes que indicam uma economia dos EUA resiliente. Esses dados, somados a uma inflação em queda gradual, levam os investidores a reduzir apostas de um afrouxamento agressivo do Fed.
Ontem (15), a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que há espaço para reduzir as taxas de juros. “Estamos longe do ponto final (…) portanto, as decisões à frente são sobre a velocidade de redução. Mas é bastante possível que no final tenhamos uma taxa de juros neutra um pouco mais alta do que a que iniciamos.”
Atualmente, os mercados atribuem cerca de 94% de probabilidade de um corte de 25 p.b. em 7 de novembro e cerca de 6% de chance de nenhuma mudança. Há um mês, os mercados incorporavam 27% de chance de uma redução de 50 p.b., com isso a taxa de juros do Treasury de 10 anos caiu para 4,01% e o de 2 anos está em 3,92%.
O ceticismo em relação ao estímulo da China está pressionando as moedas dos principais parceiros comerciais do país. Enquanto isso, o dólar americano paira perto dos picos de dois meses em relação aos principais pares, devido às apostas de que os cortes nas taxas de juros dos EUA serão graduais. O índice do dólar dos EUA, que mede a moeda em relação a seis principais pares, está estável em 103,25, próximo da sua máxima de dois meses.
Os preços do ouro estenderam os ganhos para a segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira (16). O ouro à vista subiu 0,6%, para US$ 2.677 por onça, cerca de US$ 9 abaixo do recorde de US$ 2.685 registrado no mês passado.
O petróleo subiu com os futuros do Brent em alta de 0,3% para US$ 74,49 por barril com a contínua incerteza sobre o conflito no Oriente Médio.
Os mercados asiáticos fecharam em baixa com o índice Nikkei liderando as perdas. Os investidores aguardam mais medidas de estímulo para sustentar o setor imobiliário na China, com o ministro da habitação do país programado para dar uma coletiva de imprensa na quinta-feira (17).
Os mercados europeus abriram em baixa, na mesma direção dos futuros nos EUA que também operam em leve queda.
Por aqui, ontem o Ibovespa fechou com leve alta de 0,03%, aos 131.043 pontos. O dólar fechou em forte alta de +1,33%, cotado a R$ 5,6570, acompanhando movimento visto contra outras divisas emergentes — o que levou os juros futuros às máximas.
Economia
Brasil: Hoje o presidente Lula se reúne com diretores da Febraban e dos principais bancos brasileiros. Na pauta, estão temas como a ampliação do crédito, apostas e a taxação de milionários.
Brasil: As incertezas sobre a política fiscal permanecem. O teor e o alcance das medidas em discussão ainda são desconhecidos. Mas há notícias de que a equipe econômica espera que revisão de gastos obtenha economias entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões em 2025. As medidas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o segundo turno das eleições municipais.
Essa abordagem de reciclar medidas já discutidas não parece compatível com a urgência necessária para endereçar o crescimento explosivo da dívida pública.
Até porque as propostas de aumento de gastos excedem o potencial de ganhos estimados. O auxílio-gás e a isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000,00 devem custar mais de R$ 100 bilhões.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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