Em semana de poucos dados, mercado foca suas atenções para dirigentes do Fed - Monte Bravo

Em semana de poucos dados, mercado foca suas atenções para dirigentes do Fed

09/10/2024 às 09:04

09

Quarta

Out

4 minutos de leitura
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  • No Oriente Médio, Hezbollah sinaliza que pode negociar um cessar-fogo com mais facilidade;
  • Em semana de calendário leve, o mercado volta suas atenções para o Federal Reserve;
  • O banco central americano divulga hoje (09) as minutas da sua reunião de setembro;
  • Dirigentes do Fed reforçam as projeções de um ritmo de 25 p.b. nos cortes de juros;
  • Por aqui, a atividade do comércio caiu 0,9% em agosto de acordo com a Serasa Experian.

Mercados

No front geopolítico, o Hezbollah sinalizou que pode recuar da trégua em Gaza como uma condição para um cessar-fogo no Líbano. O vice-líder do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou em um discurso televisionado que apoia as tentativas de garantir uma trégua. Esta foi a primeira vez que o fim da guerra em Gaza não foi mencionado como uma pré-condição.

O calendário de dados econômicos dos EUA está relativamente leve esta semana. O foco hoje (09) será a publicação das minutas da reunião de setembro do Federal Reserve, enquanto amanhã (10) teremos o Índice de Preços ao Consumidor de setembro.

Os mercados ajustaram suas expectativas de afrouxamento monetário do Fed para este ano. Um relatório forte de empregos na semana passada deu crédito aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o banco central manteria o ritmo de 25 p.b. após um corte maior no início do ciclo.

John Williams, presidente do Fed de Nova York e voto permanente no Comitê de Definição de Taxas do Fed, reiterou os comentários de Powell. O dirigente afirmou que não considera o movimento de setembro “como a regra de como agiremos no futuro”.

Os mercados atribuem cerca de 90% de chance de uma redução de 25 pontos base em novembro.

As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA recuaram levemente nesta quarta-feira, com o título de 10 anos em 4,01% e o de 2 anos caindo para 3,95%.

O dólar manteve-se estável e próximo às máximas de sete semanas nesta terça- feira. Investidores avaliavam as perspectivas de novos cortes de juros nos EUA, com preocupações sobre o conflito no Oriente Médio e a economia da China sustentando o cenário. O índice do dólar, que mede a moeda dos EUA contra os principais concorrentes, recuou 0,3% para 102,5.

Os preços do petróleo estabilizaram-se no mercado asiático hoje, com os operadores avaliando a incerteza em torno dos desdobramentos do conflito no Oriente Médio diante dos fundamentos ainda pessimistas. Os futuros do Brent subiram 11 centavos, ou 0,14%, para US$ 77,29 o barril.

As ações chinesas caíram em um dia volátil de negociações em meio a mercados mistos na Ásia. O CSI 300 do continente recuou 7,05%, interrompendo uma sequência de 10 dias de alta e fechando em 3.955,98. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,7%.

Os mercados europeus negociam levemente em alta hoje, à medida que o sentimento positivo oscilava na região — impulsionado pela volatilidade na China. Os futuros das ações dos EUA caíram levemente nesta manhã. Ontem, por aqui o Ibovespa fechou em queda de 0,38%, aos 131.511 pontos. O índice foi pressionado por Vale (-3,03%) e Petrobras ON (-2,16%) e PN (-2,01%). O dólar avançou 0,85%, fechando a R$ 5,5328.

Economia

Brasil: a atividade do comércio caiu 0,9% em agosto, segundo a Serasa Experian, revertendo o avanço de 0,6% registrado no mês anterior. Dos seis segmentos avaliados, quatro apresentaram retração e o destaque negativo ficou para supermercados e bebidas, que caíram 0,7%. Com base nesses dados, a previsão para a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC-IBGE) é de queda de 1,8% em agosto.

EUA: diretores do Fed sinalização moderação no ritmo de cortes. O presidente do Fed de Nova Iorque, John Williams, afirmou que a política monetária está bem posicionada para manter a economia estável e a inflação em trajetória de queda, em direção à meta de 2%. Questionado sobre o ritmo de flexibilização, Williams disse que, segundo o Financial Times, que “o último ´dot plot´ das previsões, que indicava dois cortes de um quarto de ponto (25 p.b.) nas duas reuniões restantes deste ano, era um ótimo ponto de partida”. Ele disse ainda que as decisões dependeriam dos dados e não seguiriam um curso pré-definido.

Já o vice-chair do Fed, Philip Jefferson, destacou que a inflação desacelerou e os riscos para o emprego aumentaram, justificando o corte de 50 pontos base em setembro. A confiança na convergência da inflação permite que as próximas decisões sejam mais moderadas.

Preços de ativos selecionados

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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