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- Ativos de risco reagem em alta com a perspectiva de pouso suave nos EUA;
- Semana foi recheada de decisões de juros em todo mundo;
- No Reino Unido e no Japão, os BCs optaram por não alterar os juros;
- Por aqui, a arrecadação de impostos cresceu 11,9% anualmente em agosto.
Mercados
A semana foi cheia de decisões de taxas de juros de bancos centrais. Além da decisão do Federal Reserve na quarta-feira (18) de reduzir as taxas de juros em 50 pontos base, o Banco da Inglaterra anunciou ontem (19) que manteria as taxas de juros — após reduzir as taxas pela primeira vez em mais de quatro anos em agosto. Na Ásia, nesta madrugada o Banco do Japão manteve sua taxa de juros de referência em cerca de 0,25%, a maior taxa desde 2008, enquanto a China surpreendeu os mercados ao deixar suas taxas de empréstimo de referência inalteradas na correção mensal.
Por fim, no Brasil o Copom iniciou um ciclo de alta de juros na quarta com um movimento inicial de 25 pontos-base, que deve ser seguido por mais duas altas de 50 p.b. e uma alta de 25 p.b., levando a Selic para 12,0% a.a. em janeiro.
As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA caíram nesta sexta-feira (20). A taxa de juros do título de 10 anos está em 3,722% e a de 2 anos está em 3,597%.
O índice do dólar está em 100,7, um pouco acima da mínima de um ano. Os preços do ouro atingiram um recorde de US$ 2.600 hoje, com o ouro à vista em alta de 0,7%, para US$ 2.605 por onça, após atingir um recorde de US$ 2.607.
As criptomoedas subiram, embarcando no rali dos mercados de risco. O preço do Bitcoin subiu 5%, alcançando US$ 63.255,00.
Os preços do petróleo seguem praticamente estáveis a caminho de fechar a segunda semana consecutiva em alta. Os futuros do Brent estão em US$ 73,69 por barril, 19 centavos ou 0,3% a menos.
Os mercados asiáticos fecharam em alta hoje, com o Nikkei 225 do Japão liderando os ganhos. Os mercados europeus abriram em queda, em linha com os futuros dos EUA — que oscilavam próximos à estabilidade depois que os índices de referência fecharam em máximas históricas, impulsionados pelo entusiasmo com o corte de juros do Federal Reserve.
Por aqui, ontem o Dólar caiu pela 7ª sessão seguida. A moeda fechou em queda de 0,69%, cotado a R$ 5,4242. Enquanto isso, os juros futuros dispararam em alta de quase 30 pontos com o comunicado do Copom — visto com duro. O Ibovespa fechou em queda de 0,47%, aos 133.123 pontos.
Economia
Japão – O Banco do Japão (BOJ) decidiu manter inalterada a taxa de juros em 0,25% a.a. durante sua última reunião, em linha com o consenso. O presidente
do BOJ, Kazuo Ueda, afirmou que não há pressa em elevar os juros, especialmente após o fortalecimento recente do Iene, que ajudou a reduzir os riscos de aumento dos preços. Ueda ressaltou que a instituição continuará monitorando os movimentos dos mercados financeiros e a situação das economias estrangeiras antes de tomar novas medidas.
A inflação anual no Japão atingiu 3,0% em agosto, acima da meta de 2%, acompanhando o cenário das grandes economias. Apesar disso, a economia japonesa tem mostrado sinais positivos, com o consumo das famílias forte e um crescimento de 2,9% ao ano no segundo trimestre. Com esse panorama, o BOJ deve agir com cautela, preparando os mercados para um possível aumento dos juros na reunião de dezembro desse ano.
EUA – As vendas de residências usadas caíram 2,5% na margem em agosto, com uma taxa anualizada de 3,86 milhões — abaixo das expectativas do mercado. Nos últimos 12 meses, a média anual de vendas foi de 4 milhões, bem abaixo dos 5,3 milhões registrados no período pré-pandemia.
Apesar da queda nas vendas, o setor imobiliário tem perspectivas positivas devido à redução nas taxas de hipoteca que recuaram para 6,09% a.a., o nível mais baixo desde setembro de 2022, impulsionando solicitações de compra e refinanciamento. A expectativa é de que os menores custos de financiamento atraiam mais compradores, especialmente os que estão adquirindo seu primeiro imóvel.
Brasil – A arrecadação de impostos atingiu R$ 201,6 bilhões em agosto, representando um crescimento de 11,9% em termos anuais. O desempenho positivo dos principais indicadores econômicos de julho, como a massa salarial, produção industrial e vendas no varejo, impulsionou a arrecadação do mês.
Entre os tributos, PIS/PASEP e COFINS se destacaram, com aumentos de 21,7% e 19,5%, respectivamente. As altas foram impulsionadas pela reoneração de combustíveis e pela atividade econômica mais forte. O imposto de importação também cresceu 38,5% devido ao aumento do valor das importações.
No acumulado até agosto, o crescimento real da arrecadação foi de 9,5%, com destaque para o IR — influenciado por recolhimentos extraordinários de fundos exclusivos e offshore. Apesar do desempenho favorável da arrecadação, o forte crescimento das despesas mantém a expectativa de déficit primário de 0,6% do PIB em 2024.
Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.
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