As ações do Banco do Brasil (BBAS3) sobem no pregão desta quarta-feira (14) em meio à alta de todo o setor bancário puxada por fatores macroeconômicos. Às 15h29min (de Brasília), as ações do Banco do Brasil subiam 2%, a R$ 28,02. No mesmo horário, Itaú (ITUB4) avançava 2,78%, Santander (SANB11) subia 3,07% e Bradesco (BBDC4) registrava alta de 1,14%.
Para Bruno Benassi, analista de ativos da Monte Bravo, todo o setor bancário sobe hoje após a declaração do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). O político disse que o governo aceitará manter fora do relatório do projeto da desoneração da folha de pagamentos qualquer menção a um aumento de impostos, incluindo a alta da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). “Isso acaba incidindo diretamente nos bancos, visto que as companhias reportam lucros bilionários a cada trimestre”, aponta Benassi.
O que esperar dos dividendos do Banco do Brasil?
Analistas do mercado financeiro elogiaram os resultados do Banco do Brasil, mas fizeram alertas sobre as tendências que os números do 2º trimestre indicam. A inadimplência acima de 90 dias cresceu 0,3 ponto porcentual, indo de 2,7% no segundo trimestre de 2023 para 3,0% no segundo trimestre de 2024.
Na quinta-feira da semana passada, os executivos do banco justificaram que essa alta do indicador de calotes foi puxada pelo setor do agronegócio. A inadimplência da carteira de crédito do segmento foi de 0,58% no segundo trimestre de 2023 para 1,32% no segundo trimestre de 2024.
Em meio a esse avanço da inadimplência, o banco revisou suas estimativas de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD). O dinheiro é utilizado para cobrir o calote dos clientes. A companhia revisou estimativas de suas provisões da faixa dos R$ 27 bilhões aos R$ 30 bilhões para o intervalo de R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões.
No segundo trimestre de 2024 do BB, o PDD da empresa ficou em R$ 7,8 bilhões, alta de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, o PDD ficou em 16,3 bilhões, avanço de 25,5%.
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