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Mercados
Os mercados financeiros tiveram um início de mês turbulento. A valorização repentina do Iene e uma série de dados econômicos abaixo do esperado nos EUA levaram a uma correção do mercados de risco.
A correção técnica parece superada. Agora, os mercados irão focar suas atenções em dois eventos: (i) a ata da reunião de política monetária do Fed em julho, que será divulgada na quarta-feira (21); e (ii) o discurso do presidente Jerome Powell no Simpósio do Fed em Jackson Hol na sexta-feira (23), que pode trazer indicações sobre o rumo das taxas de juros.
Os mercados futuros já têm um corte de taxa de juros de 25 p.b. em setembro, com 25% de chance de um movimento de 50 pontos-base. O total de cortes projetado até o final do ano está em 90 p.b. atualmente.
As taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão um pouco mais baixas na abertura desta segunda-feira (19). A taxa de juros do título de 10 anos está em 3,88%, e a do título de 2 anos, em 4,05%.
O Iene está cotado a 147,9 ienes por dólar, caindo cerca de 4% desde a máxima de sete meses no início do mês. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar está estável em 102,40.
Os preços do ouro pairavam em torno de US$ 2.500 por onça, em meio a expectativas de um corte na taxa de juros nos EUA no próximo mês. O ouro à vista caiu 0,2%, para US$ 2.502,78 por onça.
Os preços do petróleo recuaram nas primeiras negociações asiáticas nesta segunda, à medida que os temores de uma demanda mais fraca na China — principal importador de petróleo — pesavam sobre o sentimento do mercado. Os investidores também prestavam atenção no progresso das negociações de cessar-fogo no Oriente Médio, que poderia reduzir os riscos de oferta. Os futuros do Brent caíram 13 centavos, ou 0,2%, para US$ 79,55 por barril.
Os mercados asiáticos tiveram desempenho misto hoje, após uma semana forte alta nas ações. As ações europeias começaram a nova semana de negociações em território misto, após os mercados globais terem subido na semana passada. Nos EUA, os futuros de ações recuaram ligeiramente nas negociações noturnas, após o S&P 500 registrar sua melhor semana de 2024.
Por aqui, na sexta-feira (16) o Ibovespa fechou em queda de 0,15% aos 133.953 pontos. Além disso, o mercado continua repercutindo a possibilidade alta da Selic, especialmente após Campos Neto dizer hoje que o BC “está muito incomodado com a desancoragem das expectativas” de inflação. A declaração provocou alta dos juros futuros curtos (DI Jan/26 a 11,63%) e contribuiu para queda do dólar de 0,29%, que fechou cotado a R$ 5,4678 na sexta.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (16/08/2024):
- IPCA/2024 subiu de 4,20% para 4,22%, enquanto o IPCA/2025 caiu de 3,97% para 3,91%
- PIB/2024 subiu de 2,20% para 2,23%, enquanto o PIB/2025 caiu de 1,92% para 1,89%
- Dólar/2024 subiu de R$ 5,30 ára R$ 5,31, enquanto o Dólar/2025 ficou estável em R$ 5,30
- Selic/24 ficou estável em 10,50% a.a., enquanto a Selic/2025 subiu de 9,75% a.a. para 10,00% a.a.
- Primário/24 caiu de 0,69% para 0,64%, enquanto Primário/25 ficou estável em 0,70%
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Preços de ativos selecionados¹
(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.
(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.
Fonte: Bloomberg.