Informe diário Monte Bravo Corretora — 23/07/2024 - Monte Bravo

Informe diário Monte Bravo Corretora — 23/07/2024

23/07/2024 às 08:54

23

Terça

Jul

4 minutos de leitura
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Mercados

Ontem (22) os mercados de ações dos EUA tiveram um dia de alta expressiva, com as ações de tecnologia se recuperando dos prejuízos da semana passada. O S&P 500 subiu mais de 1%, enquanto o Nasdaq Composite — no qual o peso de tecnologia é maior — avançou 1,6%.

O Russell 2000 — que concentra pequenas empresas — ganhou 1,7% e acumula 9,4% neste mês. Isso acontece pois a aproximação dos cortes de juros é particularmente benéfica para empresas menores e mais cíclicas.

As taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estavam ligeiramente mais baixas nesta manhã de terça-feira (23), com a taxa do Tesouro de 10 anos caindo para 4,23% e a do Tesouro de 2 anos em 4,50%.

O dólar americano está ligeiramente mais forte, com o índice do dólar — uma medida de seu valor em relação a uma cesta de moedas estrangeiras — subindo 0,1% para 104,5.

Os preços do petróleo caem pelo terceiro pregão consecutivo hoje, com os investidores reagindo ao aumento da oferta de petróleo frente a uma demanda fraca. Os contratos futuros de petróleo Brent para setembro caíram para US$ 82,3 por barril.

Os mercados asiáticos tiveram resultados mistos durante esta noite. As ações europeias estão em leve alta, enquanto os futuros do S&P 500 estão praticamente estáveis.

A temporada de resultados corporativos avança. Hoje os investidores ficarão de olho nas divulgações de empresas conhecidas como General Motors, Coca-Cola, Comcast, UPS e Spotify, previstas para antes da abertura do mercado. Enquanto as gigantes da tecnologia Alphabet e Tesla devem divulgar resultados após o fechamento. No Brasil, o dólar cedeu 0,60% ontem e fechou cotado a R$ 5,5701, reagindo aos cortes de juros da China e às declarações de Lula assegurando que haverá bloqueio no Orçamento sempre que necessário. O movimento do câmbio ajudou a arrefecer os juros futuros e o Ibovespa subiu 0,19%, aos 127.860 pontos, com as ações sensíveis aos juros liderando a alta.

Economia

China – O Banco Central Chinês (PBOC) reduziu a taxa de operações de recompra de 7 dias de 1,8% para 1,7% a.a., a primeira redução desde agosto do ano passado. Consequentemente, os bancos comerciais diminuíram as taxas de referência para empréstimos corporativos de 12 meses (3,45% para 3,35% a.a.) e para hipotecas de cinco anos (3,95% para 3,85% a.a.).

O PBOC também reduziu as taxas overnight, de um mês e para suas linhas de liquidez. Essas reduções de taxas devem ter impacto limitado no crescimento econômico. No mercado imobiliário, mesmo com reduções anteriores, a demanda continua baixa devido ao excesso de oferta.

A redução de juros pode aumentar a confiança do mercado, mas não se espera uma flexibilização agressiva, pois há uma preocupação do governo com a solidez dos bancos e a pressão por uma desvalorização maior da moeda chinesa.

Brasil – O Ministério do Planejamento apresentou a avaliação de receitas e despesas primárias do 3º bimestre. As receitas seguem superestimadas e as despesas previdenciárias continuam subestimadas. Houve um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões e um bloqueio de R$ 11,2 bilhões para corrigir distorções no orçamento.

A projeção do resultado primário, excluídas despesas extraordinárias, piorou de déficit de R$ 13,7 bilhões (-0,1% do PIB) para déficit de R$ 28,8 bilhões (-0,25% do PIB), incluindo o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. A receita total caiu R$ 6 bilhões, enquanto as transferências aumentaram R$ 7 bilhões, resultando em uma queda líquida de R$ 13 bilhões.

Em relação à desoneração da folha, o impacto estimado continua em torno de R$ 25 bilhões anuais — sem grandes variações nas projeções agregadas. A falta de detalhamento das receitas nas medidas e alternativas aumenta a incerteza para o segundo semestre. Nas despesas, o bloqueio de R$ 11,2 bilhões nas discricionárias compensou aumentos em despesas obrigatórias, com revisões principais no BPC, que a despesa foi elevada em R$ 6 bilhões, e os benefícios previdenciários, que tiveram o montante gasto elevado em R$ 5 bilhões. Mantemos nossa expectativa de déficit primário de 0,8% do PIB em 2024.

Preços de ativos selecionados ¹

(1) Cotações tomadas às 8h BRT trazem o fechamento do dia dos ativos asiáticos, o mercado ainda aberto para ativos europeus e futuros e o fechamento do dia anterior para os ativos das Américas.

(2) Ativos de renda fixa apresentam a variação em pontos-base (p.b.), esta é a forma como o mercado expressa variações percentuais em taxas de juros e spreads. O ponto-base é igual a 0,01% ou 0,0001 em termos decimais. Os demais ativos mostram a variação em percentual.                 

Fonte: Bloomberg.

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