Na sexta-feira (28), o PCE — índice de preços de despesas de consumo pessoal — mostrou que, em maio, a inflação desacelerou para sua menor taxa anual em mais de três anos. O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, subiu 0,1% em maio e 2,6% em relação ao ano anterior, ficando abaixo da projeção de 2,8% do Fed para o final do ano.
Apesar disso, a taxa de juros do Tesouro dos EUA a 10 anos subiu e atingiu o maior nível em quase três semanas. O movimento está sendo atribuído ao péssimo desempenho de Biden no debate presidencial, que fazendo o mercado aumentar o prêmio de risco sobre a política econômica de Trump — vista como mais inflacionária.
O foco dos investidores agora se volta para os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, na terça-feira (02), seguidos pela ata da última reunião Fed na quarta-feira (03) e pelos dados de folhas de pagamento não agrícolas dos EUA na sexta-feira (05.
Se a inflação continuar sob controle e os dados confirmarem a acomodação da atividade durante o verão, um corte em setembro se tornará cada vez mais provável.
As taxas de juros do Tesouro dos EUA seguem mais altas nesta segunda-feira (01), com a taxa de juros do Tesouro a 10 anos em 4,41% e a do Tesouro a 2 anos em 4,76%.
O euro subiu modestamente esta manhã após a eleição francesa, o que fez o dólar cair um pouco em relação a uma cesta de moedas, com o DXY em 105,7.
O petróleo registrou o terceiro ganho semanal consecutivo com temores de que a guerra entre Israel e a milícia Hezbollah, apoiada pelo Irã, cause mais turbulências. O Brent subiu para US$ 87,22 por barril.
Os mercados asiáticos começaram a segunda metade do ano de forma positiva, com os investidores avaliando os dados de atividade empresarial de junho da China, bem como as leituras de confiança empresarial do Japão.
As ações europeias começaram a semana em alta, com investidores assimilando os resultados do primeiro turno das eleições parlamentares extraordinárias da França. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,45% no meio da manhã.
Por aqui, na sexta-feira, o dólar e os juros voltaram a estressar, enquanto as ações caíram com as falas do presidente Lula sinalizando pouca disposição para cortar gastos e elevando a incerteza sobre a condução da política monetária depois da saída de RCN.
O dólar subiu 1,47%, cotada a R$ 5,5883 e fechou junho com ganho de 6,4% e alta de 15,14% no 1º semestre. O Ibovespa cedeu 0,32%, aos 123.906 pontos em queda de 7,7% no ano.
Destaques do Boletim Focus do Banco Central (28/06/2024):
- IPCA/2024 subiu de 3,98% para 4,00%, enquanto o IPCA/2025 subiu de 3,85% para 3,87%
- PIB/2024 ficou estável em 2,09%, enquanto o PIB/2025 caiu de 2,0% para 1,98%
- Dólar/2024 subiu de R$ 5,15 para R$ 5,20, enquanto o Dólar/2025 subiu de R$ 5,15 para R$ 5,19
- Selic/24 ficou estável em 10,50% a.a., enquanto a Selic/2025 ficou estável em 9,50% a.a.
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